Vencendo a corrida
Pr. Marcelo de Oliveira
Insensato é quem põe sua esperança nos homens ou nas criaturas. Não te envergonhes de servir a outrem por Jesus Cristo, e ser tido como pobre neste mundo. Não confies em ti mesmo, mas põe em Deus tua esperança. Faze de tua parte o que puderes, e Deus ajudará tua boa vontade. Não confies em tua ciência, nem na sagacidade de qualquer vivente, mas antes na graça de Deus, que ajuda os humildes e abate os presunçosos.
Uma questão mais difícil emerge de outras passagens, onde se diz que Deus, a seu arbítrio, verga ou arrasta todos os réprobos ao próprio Satanás. Pois o entendimento carnal mal pode compreender como, agindo por seu intermédio, Deus não contraia nenhuma mácula de sua depravação; aliás, em uma ação comum, seja ele isento de toda culpa, e inclusive condene, com justiça, a seus serventuários. Daqui se engendrou a distinção entre fazer e permitir, visto que esta dificuldade a muitos pareceu inextricável, ou, seja, que Satanás e todos os ímpios estão de tal modo sob a mão e a autoridade de Deus, que este lhes dirige a malignidade a qualquer fim que lhe apraz e faz uso de seus atos abomináveis para executar seus juízos. E talvez fosse justificável a sobriedade destes a quem alarma a aparência de absurdo, não fora que, sob o patrocínio de uma inverdade, de toda nota sinistra tentam erroneamente defender a justiça de Deus.
Que Deus é justo é uma verdade derivada analiticamente da definição de sua santidade. A palavra hebraica tsadic significa 'reto / justo', e a palavra grega dikaios significa 'direito'. Ambas palavras expressam a justiça de um Deus santo. Justiça é a expressão da santidade de Deus com referência as criaturas morais (ou imorais). Se a criatura estivesse perfeitamente em harmonia com a santidade de Deus, se seguiria da justiça de Deus que a criatura estaria em perfeita comunhão; mas se a criatura é (como sabemos que o é) terrivelmente corrompida, se entende que Deus tem que ser hostil a sua corrupção. Tendo em vista que a criatura é injusta e perversa, se entende que Deus em sua justiça tem que vindicar seu caráter santo e manter sua criação como uma expressão desse caráter santo. Um Deus santo, se mantém uma criação, tem que mantê-la santa e tem que mostrar-se hostil a cada coisa nela que esteja em violação de sua própria santidade. Se há uma diferença entre o reto e o mau, Deus em sua justiça tem que ser hostil ao mau. Esta é analiticamente a verdade. Assim é evidente que a lei - "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23) - é logicamente necessária em consequência da santidade de Deus.
“O que teria feito um pregador moderno?”. Neste vídeo o pastor Paul Washer contrasta a verdadeira mensagem do Evangelho com a fraca e diluída mensagem pregada nos dias de hoje.
Com o intuito de trazer bons materiais para os cristãos do Brasil, lançamos o OrthodoxiaTube: um canal onde você poderá encontrar vídeos legendados em português de pregadores fiéis com uma sólida teologia, tais como: John Piper, Paul Washer, Mark Driscoll... À medida que formos postando os vídeos no canal, divulgaremos aqui no blog. Inauguramos o canal com o vídeo a seguir:
A concepção reformada (calvinista) desse pecado. O titulo “pecado contra o Espírito Santo” é demasiado geral, pois também há pecados contra o Espírito Santo que são perdoáveis, Ef. 4.30. A Bíblia fala mais especialmente de “falar contra o Espírito Santo”, Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10. Evidentemente, é um pecado cometido durante a presente vida, pecado que torna impossíveis a conversão e o perdão. O pecado consiste na rejeição e calúnia consciente, maldosa e voluntária, e isso contra as evidências e respectiva convicção do testemunho do Espírito Santo a respeito da graça de Deus em Cristo, atribuindo-o, por ódio ou inimizade, ao príncipe das trevas. Isto pressupõe, objetivamente, uma revelação da graça de Deus em Cristo, numa poderosa operação do Espírito Santo; e, subjetivamente, uma iluminação e convicção intelectual tão forte e poderosa que impossibilita uma franca negação da verdade. E, depois, o pecado mesmo consiste, não em duvidar da verdade, nem numa simples negação dela, mas sim numa contradição dela que vai contra a convicção da mente, a iluminação da consciência, e até mesmo contra o veredicto do coração. Ao cometer esse pecado, o homem atribui voluntária, maldosa e intencionalmente o que se reconhece claramente como obra de Deus à influencia e operação de Satanás. Não é nada menos que uma difamação do Espírito Santo, uma audaciosa declaração de que o Espírito Santo é o espírito do abismo, que a verdade é mentira e que Cristo é Satanás. Não é tanto um pecado contra a pessoa do Espírito Santo, como contra a Sua obra oficial que consiste em revelar, tanto objetiva como subjetivamente, a graça e a gloria de Deus em Cristo. A raiz desse pecado é o consciente e deliberado ódio a Deus e a tudo quanto se reconhece como divino. É imperdoável, não porque a sua culpa transcende os méritos de Cristo, ou porque o pecador esteja fora do alcance do poder renovador do Espírito Santo, mas, sim porque há também no mundo de pecado certas leis e ordenanças estabelecidas por Deus e por Ele mantidas. E, no caso desse pecado particular, a lei é que ele exclui toda a possibilidade de arrependimento, cauteriza a consciência, endurece o pecador e, assim, torna imperdoável o pecado. Daí, nos que cometeram esse pecado podemos esperar ver um pronunciado ódio a Deus, uma atitude desafiadora para com Ele e para com tudo quanto é divino, um prazer em ridicularizar e difamar aquilo que é santo, e um desinteresse absoluto quanto ao bem-estar da alma e à vida futura. Em vista do fato de que esse pecado não é seguido pelo arrependimento, podemos estar razoavelmente seguros de que os que receiam havê-lo cometido e se preocupam com isso, e desejam as orações doutras pessoas por eles, não o cometeram.
Muitos em nossos dias encontram a causa de toda a dissensão e divisão na igreja em muita doutrina e em credos que são muito específicos em suas declarações doutrinárias. Eles advogam que todas essas declarações específicas de fé, pelas quais cada igreja erige um muro de separação ao redor de si mesma, devem ser esquecidas, apagadas e eliminadas; que as confissões devem ser alargadas e generalizadas; e que sobre a base de tal ampla declaração de princípios gerais, as várias denominações devem se mesclar, e assim concretizar a unidade da igreja. Contudo, deve ser evidente que nessa forma, uma unidade externa pode ser deveras eficaz, mas somente à custa da verdade e à custa da fé da igreja, que é o mesmo que dizer que é uma unidade sem o Cristo da Escritura. A igreja não está interessada numa unidade externa que revela a si mesma numa instituição altamente humana...A unidade da igreja está centrada em Cristo. Se a igreja há de crescer nessa verdadeira unidade, ela deve crescer em Cristo. Ela não deve ter menos de Cristo, mas sempre mais. E seu Cristo está nas Escrituras. Por conseguinte, ela deve apropriar o Cristo da Santa Escritura, o que significa que ela deve instruir e ser instruída na verdade. Ela não deve buscar união no caminho de menos, mas no caminho de mais rica e mais doutrina. Ela deve não somente colocar de lado as doutrinas de homens, sem dúvida, mas ela deve também crescer sempre na doutrina de Cristo. Que a verdadeira igreja seja sempre pequena no mundo! Todavia, ela não ousa buscar a realização da sua unidade em qualquer outra direção senão na do crescimento no conhecimento de Cristo, seu cabeça, até que “todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). Somente aqueles que estão se esforçando para se aproximar dessa estatura é que estão realmente trabalhando para a manifestação da unidade da igreja, e tudo quanto for mais do que isso é do maligno.
Herman Hoeksema
Extraído do site Monergismo
(...) Sinergismo está relacionado com a doutrina da regeneração ou novo nascimento como descrita em João capítulo 3. Um monergista é alguém que crê que Deus o Espírito Santo sozinho opera a obra da regeneração que abre os olhos cegos, abre os ouvidos surdos e torna o coração de pedra num coração de carne. O sinergista, por outro lado, crê que a fé é produzida pela nossa natureza humana NÃO-REGENERADA...que um homem natural pode exercer fé aparte da regeneração do Espírito Santo (uma posição que todos dos grupos listados acima compartilham em comum). A crença que estamos promovendo aqui, que cremos ser bíblica, é a do monergismo, ou seja, que ninguém pode dizer 'Jesus é Senhor' senão pelo Espírito Santo...que todos que o Pai dá a Cristo virão a Ele (João 6:37) e que ninguém vem a Cristo a menos que o Pai lhe traga (João 6:63-65)...Assim, a Escritura está dizendo claramente nessas passagens o seguinte: Ninguém pode crer no evangelho a menos que Deus lhe conceda isso e TODOS a quem isso for concedido, crerão — fazendo a graça de Deus tanto invencível como indelével. 2 Timóteo 2:25 também diz que é Deus quem concede o arrependimento. Ele não é algo que o homem natural tem o desejo de praticar, pois João 3:20 diz que o homem natural “ama as trevas e odeia a luz, e não vem para a luz”. Mas aqueles que vêm para a luz mostram que isso é uma obra operada por Deus. Nós amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. É Paulo quem planta e Apolo quem rega, mas é Deus quem faz crescer. Quando pregamos o evangelho às pessoas, podemos pregar até que fiquemos sem fôlego e ninguém responderá ATÉ que Cristo os liberte da sua escravidão à corrupção da natureza. Deixados a si mesmos os homens sempre rejeitarão a Cristo. É necessária uma obra especial da graça sobrenatural para remover a hostilidade do homem. Assim, nós espalhamos a semente do Evangelho na pregação, mas o Espírito Santo germina a semente, por assim dizer, se esse homem há de responder. (...)Extraído do site Monergismo
“Acho que quando alguém nos ‘magoa’ é preciso relembrar que, de 100 casos, 99 pretendiam nos magoar muito menos ou nem pretendiam, e quase sempre nem percebem nada disso. Aprendi isso nos casos em que eu era o "magoador". Nas ocasiões em que fiquei realmente irado e cruel, com a intenção de machucar, a outra parte nem ligou ou nem sequer percebeu. Mas quando eu descobria que havia magoado alguém, percebia também que o gesto fora inconsciente de minha parte. Aliás, detesto pessoas ‘sensíveis’, que se "magoam com facilidade". Elas são uma praga social. Concorda? Em geral, o verdadeiro problema é a vaidade.”
Continuamos nosso estudo a respeito do Direito e a Bíblia, fazendo uma abordagem a respeito dos Dez Mandamentos. Eles estão presentes em dois momentos do Pentateuco: Êxodo, cap. 20, vv. 2-17; Deuteronômio, cap. 5, vv. 6-21. Textualmente, reproduzimos aqui o quanto contido em Êxodo:
Nós somos servos. Possamos sempre reconhecer nosso lugar e guardá-lo! O lugar mais alto na igreja sempre virá para o homem que voluntariamente escolhe o mais baixo. Enquanto ele aspira ser grande entre seus irmãos, declina até chegar a ser o menor de todos. Certos homens poderiam ter sido alguma coisa se já não se tivessem julgado ser isso. Um homem que conscientemente se acha grande, com certeza é pequeno. Aquele que se considera senhor da herança de Deus é um vil usurpador. Aquele que em seu coração e alma está sempre pronto a servir o menos importante da família, que espera que outros tirem vantagem dele e está disposto a sacrificar o bom nome e a amizade por amor a Cristo, este cumprirá um ministério enviado dos céus. Não somos enviados para ser servidos, mas para servir, para ministrar. Cantemos ao Bem-Amado:
[...] Satanás é um arquiimitador. Ele está agora em atividade no mesmo campo em que o Senhor Jesus semeou a boa semente. O diabo está procurando impedir o crescimento do trigo, utilizando-se de outra planta, o joio, que em aparência se assemelha muito ao trigo. Em resumo, por meio de um processo de imitação, Satanás está almejando neutralizar a obra de Cristo. Portanto, assim como Cristo tem um evangelho, Satanás também possui um evangelho, que é uma imitação sagaz do evangelho de Cristo. O evangelho de Satanás se parece tanto com aquele que procura imitar, que multidões de pessoas não-salvas são enganadas por este evangelho.Postado por Saulo R. do Amaral às 1:23 PM 0 comentários
Artigos Sugeridos
Ao contrário dos seres humanos, Deus não é dividido em partes, mas existe como um todo eterno com todos os seus atributos como uno e inseparável. Algumas vezes isso é chamado simplicidade, visto que Deus não é complexo, ou dividido em partes.Postado por Saulo R. do Amaral às 10:42 AM 0 comentários
Marcadores: teologia, Vincent Cheung
Artigos Sugeridos
“E agora, ó Israel, o que pede de ti o Eterno, teu Deus? Senão que O temas, que Andes por Seus caminhos, ames e O sirvas, com todo o teu coração e com toda a tua alma; que guardes Seus mandamentos e Seus estatutos...” (Deut. 10:12,13).
Há poucas advertências na Escritura mais solenes que esta. O Senhor Jesus Cristo nos diz, "Lembrai-vos da mulher de Ló."
Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais.
A Bíblia é muito clara ao dizer em 1 Timóteo 6:9 que exercitar a piedade como um meio de ganho - ganho financeiro - é mortal; e a mortalidade disso está no desejo de ser rico. O texto diz para não desejar ser rico, porque “os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.” Em outras palavras, é suicídio querer ser rico.Postado por Saulo R. do Amaral às 4:14 PM 0 comentários
Marcadores: Diversos, John Piper
Artigos Sugeridos
A verdadeira fé é aquela que dá a Deus o lugar que Lhe é devido. E se dermos a Deus o Seu lugar devido, assumiremos o lugar que nos é próprio -- no pó. E o que pode trazer a criatura orgulhosa e auto-suficiente mais rápido ao pó senão uma visão da Divindade de Deus? Nada é tão humilhante para o coração humano como o verdadeiro reconhecimento da absoluta soberania de Deus. O principal problema é que muito do que é considerado fé, hoje, não passa de frágil sentimentalismo. A fé da Cristandade, neste século XX, é mera credulidade, e o “deus” de muitas das nossas igrejas não é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, mas um mero fruto da imaginação, que mentes finitas possam entender, cujos caminhos sejam agradáveis ao homem natural (não nascido de novo), um “deus” totalmente “igual” (Sl 50:21) àqueles que professam adorá-lo, um “deus” a respeito do qual quase não há mistério. Mas como é diferente o Deus que as Escrituras revelam! DEle é dito, Seus caminhos são inescrutáveis (Rm11:33). Para ser mais específico:
Muitos poderiam responder esta importante questão com um sonoro “não”. Porém, eu creio que nós necessitamos urgentemente da teologia reformada. É notória a crise doutrinária e institucional que a Igreja Evangélica no Brasil passa. Um sinal eloqüente é o aumento do número de pessoas que declararam ser “sem-religião” no último censo do IBGE. A maioria delas oriundas de igrejas neo-pentecostais. Vejo muitas igrejas sérias, pastores comprometidos com seu chamado, pecadores sendo salvos, porém, os dados são alarmantes. 30% da polícia no RJ é evangélica e isto não mudou nada dentro da corporação, inúmeros deputados e senadores são evangélicos e nossa política pouco mudou.[3] LOPES, Augustus Nicodemus Jornal Os Puritanos pp. 8.
Artigo extraído do site Bíblia Page
©Orthodoxia desde 2006