quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mais doutrina, mais Cristo

Muitos em nossos dias encontram a causa de toda a dissensão e divisão na igreja em muita doutrina e em credos que são muito específicos em suas declarações doutrinárias. Eles advogam que todas essas declarações específicas de fé, pelas quais cada igreja erige um muro de separação ao redor de si mesma, devem ser esquecidas, apagadas e eliminadas; que as confissões devem ser alargadas e generalizadas; e que sobre a base de tal ampla declaração de princípios gerais, as várias denominações devem se mesclar, e assim concretizar a unidade da igreja. Contudo, deve ser evidente que nessa forma, uma unidade externa pode ser deveras eficaz, mas somente à custa da verdade e à custa da fé da igreja, que é o mesmo que dizer que é uma unidade sem o Cristo da Escritura. A igreja não está interessada numa unidade externa que revela a si mesma numa instituição altamente humana...

A unidade da igreja está centrada em Cristo. Se a igreja há de crescer nessa verdadeira unidade, ela deve crescer em Cristo. Ela não deve ter menos de Cristo, mas sempre mais. E seu Cristo está nas Escrituras. Por conseguinte, ela deve apropriar o Cristo da Santa Escritura, o que significa que ela deve instruir e ser instruída na verdade. Ela não deve buscar união no caminho de menos, mas no caminho de mais rica e mais doutrina. Ela deve não somente colocar de lado as doutrinas de homens, sem dúvida, mas ela deve também crescer sempre na doutrina de Cristo. Que a verdadeira igreja seja sempre pequena no mundo! Todavia, ela não ousa buscar a realização da sua unidade em qualquer outra direção senão na do crescimento no conhecimento de Cristo, seu cabeça, até que “todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:13). Somente aqueles que estão se esforçando para se aproximar dessa estatura é que estão realmente trabalhando para a manifestação da unidade da igreja, e tudo quanto for mais do que isso é do maligno.



Herman Hoeksema



Extraído do site Monergismo

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