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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Arrependam-se e Venham a Cristo!

Louvado seja Deus, porque virá um tempo em que o conheceremos conforme somos conhecidos, e Ele será tudo em todos. Senhor Jesus, completa o número dos Teus eleitos! Senhor Jesus, apressa a vinda do Teu reino!

E agora, onde estão os zombadores destes últimos dias, os quais consideram loucura a vida dos cristãos, e sem honra o fim deles? Infelizes! Vocês não sabem o que fazem! Se tivessem os olhos abertos e sentidos para discernir as coisas espirituais, vocês não profeririam todo tipo de maldades contra os filhos de Deus, mas os estimariam como as pessoas excelentes da terra, e invejariam a felicidade deles. Suas almas teriam fome e sede dessa felicidade; vocês também se tornariam fanáticos por amor a Cristo. Vocês se jactam da sua sabedoria; assim faziam os filósofos em Corinto.
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Todavia a sua sabedoria é estultícia aos olhos de Deus. Para o que lhes servirá a sua sabedoria, se não os tornar sábios para a salvação? Podem, com toda a sua sabedoria, propor um esquema mais consistente sobre o qual edificar suas esperanças da salvação, do que aquele que agora lhes foi proposto? Podem, com toda a força da razão natural, achar um meio melhor de aceitação com Deus, do que mediante a justiça do Senhor Jesus Cristo? É certo pensarem que suas próprias obras poderão dalguma maneira merecê-la ou obtê-la? Caso contrário, por que não querem crer nEle? Por que não se submetem à Sua justiça? Vocês podem negar que são todos criaturas caídas? Vocês não percebem que estão cheios de distúrbios, e que esses distúrbios os tornam infelizes? Não percebem que não podem transformar seus próprios corações? Já não fizeram resoluções muitas e muitas vezes, e suas corrupções não continuaram a ter domínio sobre vocês? Acaso não são escravos das suas concupiscências, e o diabo não os leva presos segundo a vontade dele? Por que razão não querem vir a Cristo para receberem a santificação?
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Vocês não desejam ter uma morte como a dos justos, a fim de que tenham um estado futuro igual ao deles? Estou convicto de que não podem agüentar a idéia de serem aniquilados, e muito menos de ficarem eternamente desgraçados. Apesar daquilo que fingem, vocês deverão confessar, se falarem a verdade, que suas consciências os acusam nos momentos mais graves, ainda que não queiram, e até mesmo constrangem vocês a reconhecer que o inferno não é nenhuma ficção. E por que, então, não querem vir para Cristo? Somente Ele pode obter para vocês a redenção eterna. Corram para Ele, pobres pecadores iludidos! Falta-lhes sabedoria; peçam-na a Cristo. Quem sabe, Ele a dará a vocês? Ele pode concedê-la, pois Ele é a sabedoria do Pai — é aquela sabedoria que foi desde a eternidade. Vocês não possuem justiça; recorram a Cristo, portanto. Ele é o fim da lei para a justiça de todo aquele que crê. São ímpios; fujam para o Senhor Jesus. Ele está cheio de graça e de verdade, e da Sua plenitude poderão receber todos quantos nEle crêem. Parece que vocês têm medo de morrer; que esse fato os impulsione a Cristo, Ele tem as chaves da morte e do inferno; nEle há redenção abundante. Por isso, que o raciocinador enganado não se jacte do seu pretenso raciocínio. Seja o que for que pensem, é a coisa mais desarrazoàda no mundo deixar de crer em Jesus Cristo, a quem Deus enviou.
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Por que amigos, por que vocês hão de morrer? Por que não querem vir para Ele, a fim de terem vida? Ah, todos vocês que têm sede, venham às águas da vida e bebam gratuitamente; venham, comprem sem dinheiro e sem preço. Se aqueles privilégios abençoados que nosso texto menciona pudessem ser comprados com dinheiro, vocês poderiam dizer: somos pobres, e não podemos comprar; ou se fossem outorgados somente a pecadores de tal categoria ou posição social, vocês poderiam dizer: como poderão pecadores, tais como nós, esperar que sejam tão altamente favorecidos? Entretanto, Deus dá esses privilégios gratuitamente aos piores pecadores. Foram dados a nós, diz o apóstolo — a mim, um perseguidor, a vocês, coríntios, que eram impuros, beberrões, cobiçosos, idolatras. Por isso, cada miserável pecador pode perguntar: por que não a mim, então? Cristo teria uma só bênção para dar? E que dizer se Ele já abençoou a milhares de pessoas, ao desviá-las das suas iniqüidades? Todavia, Ele continua o mesmo. Ele vive para sempre a fim de interceder, e, portanto, abençoará a vocês, mesmo a vocês também. Embora, de modo semelhante a Esaú, vocês tenham sido profanos, e até agora tenham desprezado a primogenitura proveniente do seu Pai celestial, mesmo hoje, se crerem, Cristo Se tornará da parte de Deus para vocês "sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção".
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Cristo, Sabedoria, Justiça, Santificação, Redenção. George Whitefield. Editora PES
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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Humildade - A Glória da Criatura

"E depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de rece­ber a glória, a honra e o poder, porque todas as cousas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas" (Apocalipse 4.10c, 11).

Quando Deus criou o universo, Ele o fez com o único objetivo de tornar a criatura partici­pante de Sua perfeição e bem-aventurança e, assim, mostrar nela a glória do Seu amor, sabedoria e poder. Deus desejava revelar a Si mesmo dentro e por meio dos seres criados, comunicando-lhes tanto de Sua própria bondade e glória quanto eles fossem capazes de receber. Mas essa comunicação não significava dar à criatura algo que ela pudesse possuir em si mesma, uma vida ou bondade das quais tivesse a responsabilidade e a disposição. De forma alguma! Mas como Deus é eterno, onipresente e onipotente, e sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder, e em quem todas as coisas existem, a relação da criatura com Deus somente poderia ser uma relação de ininterrupta, absoluta e universal dependência.
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Tão certo como Deus, pelo Seu poder, criou uma vez, assim também, pelo mesmo poder, Deus nos sustenta a cada momento. A criatura não tem somente de olhar para trás, para a origem e para os primórdios da exis­tência, e reconhecer que todas as coisas vêm de Deus; seu principal cuidado, sua virtude mais elevada, sua única felicidade, agora e por toda a eternidade, é apre­sentar a si mesma como um vaso vazio, no qual Deus possa habitar e manifestar Seu poder e bondade.

A vida que Deus entregou é concedida não de uma vez, mas a cada momento, continuamente, pela operação incessante de Seu grandioso poder. A humil­dade, o lugar da plena dependência de Deus, é, pela própria natureza das coisas, a primeira obrigação e a virtude mais elevada da criatura, e a raiz de toda virtude.

O orgulho, ou a perda dessa humildade, então, é a raiz de todo pecado e mal. Foi quando os anjos agora caídos começaram a olhar para si mesmos com autocomplacência que foram levados à desobediên­cia, e foram expulsos da luz do céu para as trevas exteriores. E também foi quando a serpente exalou o veneno do seu orgulho, o desejo de ser como Deus, no coração de nossos primeiros pais, que eles tam­bém caíram da sua posição elevada para toda a des­graça na qual o homem está, agora, afundado. No céu e na terra, orgulho — auto-exaltação — é a porta, o nascimento e a maldição do inferno.

Por isso, nossa redenção tem de ser a restaura­ção da humildade perdida, o relacionamento original e o verdadeiro relacionamento da criatura com seu Deus. E, portanto, Jesus veio trazer a humildade de volta à terra, fazer-nos participantes dessa humildade e, por ela, nos salvar. Nos céus, Ele se humilhou para tornar-se homem. Nós vemos a humildade Nele ao se dominar a Si mesmo nos céus; Ele a trouxe, de lá. Aqui na terra, "a Si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte". Sua humildade deu à Sua mor­te o valor que ela hoje tem e, então, se tornou nossa redenção.

E agora a salvação que Ele concede é, nada mais, nada menos do que uma comunicação de Sua própria vida e morte, Sua própria disposição e espíri­to¹, Sua própria humildade, como o solo e a raiz de Sua relação com Deus e Sua obra redentora. Jesus Cristo tomou o lugar e cumpriu o destino do homem, como uma criatura, por Sua vida de perfeita humilda­de. Sua humildade é nossa salvação. Sua salvação é nossa humildade

¹Com minúscula no original, não se referindo ao Espírito Santo, mas usada como sinónimo de disposição.
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Andrew Murray. Humildade - A Beleza da Santidade.

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