terça-feira, 6 de abril de 2010

Distorcendo o Evangelho

Continuamos a testemunhar a distorção e a diluição do evangelho, que em alguns lugares é totalmente substituído por falsos evangelhos. Podemos perguntar: onde está a ênfase de proclamar a livre graça de Deus na justificação dos pecadores? Martinho Lutero, o reformador, disse: “O critério para avaliarmos se uma igreja está firme ou vacilante é a justificação pela fé somente”. Infelizmente, muitas igrejas já não enfatizam essa grandiosa doutrina que está no próprio âmago do evangelho.

Muitos evangélicos presumem de modo incorreto que a salvação é meramente uma questão de repetir uma oração: “Jesus, entra no meu coração”. Ao mesmo tempo, a maioria dessas pessoas não possui a menor idéia de como somos perdoados, justificados e declarados justos diante de Deus. Ainda mais inquietante é o fato de que boa parte de nossa cultura cristã contemporânea está confusa ou até mesmo totalmente ignorante a respeito de como Deus, em seus propósitos soberanos, nos traz o evangelho. As grandes doutrinas evangélicas da presciência, da eleição, da predestinação, da justificação e da regeneração não são levadas em conta ou são completamente esquecidas.

Quando dizemos que o evangelho tem sido distorcido em algumas igrejas nos nossos dias, estamos afirmando que algumas coisas têm sido subtraídas dele, de modo que a mensagem original fica gravemente distorcida. Segue-se uma lista de algumas das coisas que freqüentemente são omitidas ou subtraídas do evangelho:

1. O sangue de Jesus;
2. A cruz de Jesus;
3. A doutrina do castigo eterno;
4. A doutrina do arrependimento;
5. A lei de Deus para convencer do pecado;
6. O temor a Deus;
7. A chamada a uma vida santa;
8. As grandes doutrinas da graça (ver Rm 8.28-30).

Todo crente, ao avaliar a igreja que freqüenta, deve fazer as seguintes perguntas:

1. O evangelho da justificação pela fé somente é proclamado de modo claro e consistente?
2. As grandes doutrinas da igreja cristã são pregadas de modo sistemático, ou o culto enfoca histórias comoventes que visam apelar às nossas emoções?
3. O pastor atribui a Deus toda a glória pela salvação? O pregador deixa claro que a salvação é a obra de um Deus soberano, que salva os pecadores pela sua graça livre e soberana?
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Extraído do Livro: O que a Bíblia Ensina Sobre Adoração, de Robert L. Dickie. Editora Fiel

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