quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

George Müller e as Doutrinas da Graça

"Antes desse tempo (quando cheguei a respeitar a Bíblia somente como minha regra de fé) eu me opunha fortemente às doutrinas da eleição, redenção particular (também chamada de expiação limitada) e graça para perseverança até o fim. Agora, porém, fui levado a examinar essas verdades preciosas pela Palavra de Deus. Tendo sido levado a não procurar nenhuma glória própria na conversão de pecadores, mas tão somente a me considerar como um mero instrumento, e havendo sido disposto a aceitar o que as Escrituras dizem, eu me aproximei da Palavra, lendo o Novo testamento desde seu início, com referência em particular a essas verdades.

Para minha enorme surpresa, descobri que as passagens que falam diretamente sobre eleição e graça perseverante eram cerca de quatro vezes mais abundantes do que as que aparentemente falam contra essas verdades. E após breve tempo, até mesmo essas poucas passagens, uma vez que as havia examinado e compreendido, serviram para me confirmar as doutrinas referidas.


Quanto ao feito que minha crença nessas doutrinas teve em minha vida, sou constrangido a afirmar, para a glória de Deus, que embora seja ainda muito fraco, e de forma alguma tão morto para a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida quando deveria ser, ainda assim, pela graça de Deus, tenho andado ainda mais perto dEle desde esse período. Minha vida não tem sido tão inconstante e posso dizer que tenho vivido muito mais para Deus do que antes.
"

Cerca de quarenta anos após, em 1870, Müller falou a alguns novos crentes sobre a importância do que lhe ocorrera em Teignmouth. Disse ele que sua pregação havia sido infrutífera por quatro anos na Alemanha, de 1825 a 1829, mas então ele veio à Inglaterra e foi instruído nas Doutrinas da Graça.

"Pelo tempo de minha chegada a este país, agradou a Deus mostrar-me as Doutrinas da Graça, de um modo que eu não as percebi antes. A princípio, eu odiei: "se isso é verdade, não posso fazer nada para a conversão dos pecadores, visto que tudo depende de Deus e da obra do seu Espírito". Mas, quando aprouve a Deus revelar-me estas verdades, meu coração foi trazido a um estado em que eu podia dizer: não estou apenas contente e ser um martelo, um machado ou um serrote, nãso mãos de Deus; mas também considerarei a maior honra ser usado por Ele de qualquer maneira. E, se pecadores forem salvos por minha instrumentalidade, eu Lhe darei toda a glória, do mais profundo de minha alma. E o Senhor me outorgou a bênção de ver frutos, frutos em abundância: muitos pecadores convertidos. E Deus sempre me tem usado, de uma maneira ou outra, em sua obra. "

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