sábado, 30 de maio de 2009

Por que Deus exalta a si mesmo?

"Deus faz todas as coisas em favor de si mesmo. 'Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isso. [...] A minha glória não dou a outrem' (Is 48.11). Isso é amor, porque ao buscar o louvor de seu nome no coração do seu povo, ele ordena aquilo que completa nossa alegria. Deus é o único ser no universo para quem a exaltação própria é a mais alta vitude e o ato mais amoroso" (John Piper, Em busca de Deus).

Mas por que isso? O autor explica essa realidade no vídeo abaixo.



Atenção!
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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Novo Testamento King James - Edição de Estudo

"Novo Testamento da Bíblia King James – Edição de Estudo em português, com Salmos e Provérbios. Uma tradução primorosa dos mais antigos e fiéis manuscritos originais em grego.

Fácil de ler e entender, e preservando o estilo reverente, clássico e majestoso da tradicional King James. A Bíblia mais lida e apreciada no mundo desde 1611.

O Novo Testamento da Bíblia King James - Edição de Estudo - ainda vem com notas, comentários exegéticos, históricos e teológicos, esboços, estudos bíblicos e ajudas ao leitor.

Mesmo que você já tenha lido o Novo Testamento mais de uma vez, leia esta edição especial de King James." (Fonte: site Bíblia King James)

Download:
(via rapidshare)

Novo Testamento King James - Edição de Estudo
(E-book em formato PDF - livro por livro)

Livro Impresso:

Novo Testamento King James - Edição de Estudo
(Brochura)

terça-feira, 26 de maio de 2009

A importância das ferramentas de estudo da Bíblia

Está se tornando cada vez mais comum ouvir pessoas dizerem, o tempo todo: "Não leio comentários a respeito da Bíblia. Limito meu estudo à própria Bíblia". Isso talvez pareça muito piedoso, mas é realmente piedoso? Não se trata de presunção? Os escritos de homens piedosos que nos foram legados não têm qualquer valor para nós? Aquele que ignora ferramentas de estudo pode entender a Bíblia tão bem como alguém que está familizarizado com o ensino de outros mestres e pastores piedosos?

Certo manual de hermenêutica responde assim a essa pergunta:

Suponha que selecionamos uma lista de palavras e perguntamos a um homem que alega poder ignorar a sabedoria piedosa da erudição cristã se ele é capaz de oferecer, com base em sua própria alma e como fruto de suas orações, o significado ou a relevância de palavras como Tiro, Sidom, Quitim, Sior, Micmás, geba, Anatote, Laís, Nobe e Galim. Ele perceberá que o único esclarecimento que pode obter a respeito dessas palavras provém de um comentário ou de um dicionário da Bíblia.

Essa é uma boa resposta, que revela a tolice de pensar que o estudo objetivo é desnecessário. Aquele que não é estudante diligente não poderá ser um intérprete acurado da Palavra de Deus. As Escrituras indicam que essa pessoa não é aprovada por Deus e deve sentir vergonha de si mesma (2Timóteo 2.15).

John MacArthur, em A guerra pela verdade, p. 242

sábado, 23 de maio de 2009

Para os preguiçosos

'Preguiçoso, aprenda uma lição com as formigas! Elas não tem líder, nem chefe, nem governador, mas guardam comida no verão, preparando-se para o inverno. Preguiçoso, até quando você vai ficar deitado? Quando vai se levantar?' [Provérbios 6:6-9]Dar conselho aos ociosos é tão inútil quanto despejar água em uma peneira; do mesmo modo, tentar aperfeiçoá-los é como tentar engordar um galgo. O Antigo Testamento já nos dizia para amassar nosso pão com água, se amassarmos uma ou duas cascas duras nesses charcos estagnados sempre nos restará ainda um consolo: se as pessoas preguiçosas não se tornam melhores quando semeamos bom senso, não tornamos piores por tentar adverti-las e não colhermos nada. Repreender preguiçosos é como ter um pedaço duro de solo para arar em que, com certeza, a colheita será menos farta. Mas se apenas a terra boa tivesse de ser cultivada, os lavradores poderiam se afastar do trabalho, e nós só teríamos de pôr o arado no sulco. Homens preguiçosos são muito comuns e crescem sem que seja necessário cultivá-los, mas a quantidade de sagacidade que existe em muitos deles seria insuficiente para pagar a aração: não é necessário nada para provar isso além do nome e do caráter deles, se não são tolos, são preguiçosos, e conforme diz Salomão: "O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete homens que respondem com bom senso", já aos olhos de todos os outros, sua tolice é tão clara como o sol no céu. Se os ataco duramente, ao falar com eles, é porque sei que podem agüentar, pois se eles estivessem caídos no chão do celeiro, eu precisaria surrá-los muito antes de conseguir tirá-los da palha, e nem mesmo a debulhadora a vapor conseguiria fazer isso. Ela os mataria antes de conseguir levantá-los da palha, pois a preguiça está nos ossos de algumas pessoas e mostra-se em sua carne ociosa, faça você o que fizer com elas.

Bem, por isso, antes de tudo me parece que pessoas preguiçosas deveriam obrigatoriamente ter um grande espelho pendurado onde fossem obrigadas a se ver, com certeza, no final, se os olhos delas forem como os meus, não suportariam olhar para si mesmas por muito tempo ou com freqüência. A visão mais horrível do mundo é a de um desses vadios autênticos que dificilmente seguraria sua vasilha de comida se chovesse mingau de aveia e, com certeza, jamais seguraria um pote em que coubesse mais comida do que a necessária para si mesmo. Talvez, se a chuva fosse de cerveja, ele conseguisse despertar um pouco, mas acabaria de encher o copo depois. Provérbios descreve esse homem: "O preguiçoso põe a mão no prato, e não se dá ao trabalho de levá-la à boca". Acho que esse tipo de homem deveria ser tratado como os zangões que as abelhas expulsam das colméias. Todo homem deve ter paciência e piedade pela pobreza, mas para a preguiça seria melhor um chicote comprido ou uma volta pela roda do moinho. Esse poderia ser um purgante saudável para todos os preguiçosos. Mas seria muito difícil para alguns deles conseguir sua dose completa de medicamento, pois eles nasceram ricos, mas a riqueza não faz nada sozinha, ela precisa que alguém lhe empreste a mão. Como diz o velho ditado: "O preguiçoso é como o cão que encosta a cabeça na parede para latir" ou como as ovelhas preguiçosas para quem é muito trabalhoso carregar a própria lã. Seria muito útil se pudessem se ver, mas talvez fosse muito trabalho abrirem os olhos, mesmo que segurassem os óculos para eles.

Tudo no mundo tem alguma utilidade, mas o doutor em teologia, o filósofo ou a coruja sábia, em seu campanário, quebrariam a cabeça para descrever a utilidade da preguiça, ela me parece ser um vento mau que não sopra nada de bom para ninguém, um tipo de lodo onde as enguias não se reproduzem, um fosso sujo que não consegue alimentar nem mesmo um sapo. Peneire um preguiçoso, grão a grão, e não encontra nada de bom. Tenho ouvido pessoas dizerem que é melhor não fazer nada que promover a desordem, mas não estou bem certo disso, essas palavras brilham, mas não acredito que sejam ouro. É uma preguiça maléfica apesar da pitada de louvor; digo que a preguiça é má, e é de todo má. Por sorte, um homem que promove desordem é um pardal apanhando milho, mas um homem preguiçoso é um pardal sentado em um ninho cheio de ovos, que se transformarão em pardais e, em breve, causarão um monte de feridas. Não é necessário que me digam, tenho certeza – a erva daninha mais ordinária da terra não cresce na mente daqueles que estão ocupados com maldades, mas nas inquietações impuras criadas pela imaginação dos homens preguiçosos em que o mal se esconde sem ser visto, como a velha serpente, que ele realmente é. Não gosto que os nossos jovens se envolvam em desordem, eu preferiria vê-los com lodo até o pescoço que saracoteando por aí sem nada para fazer. Se hoje o mal de não fazer nada parece menor, amanhã, vocês descobrirão que ele é maior; o diabo põe carvão no fogo, e, assim, o fogo não arde, mas em função disso será um fogo muito maior no final. Preguiçosos, vocês têm de ser seus próprios trombeteiros, pois mais ninguém pode achar algo de bom em vocês para louvar. Eu gostaria de ver você através de um telescópio, pois certamente isso implicaria que você estaria muito distante; entretanto, nem mesmo os maiores óculos da igreja conseguiriam ver algo de valor em você. A respeito das toupeiras, dos ratos e das doninhas ainda há algo para se falar, mesmo que a visão deles pregados em nosso velho celeiro seja bonita; quanto a vocês, só serão úteis na sepultura ao ajudarem a aumentar o cemitério, mas eu não posso entoar uma canção em seu favor melhor que este verso, conforme disse o sacristão da igreja, pecado da minha própria composição.

Um preguiçoso desajeitado, bom para nada,Pecaminoso por dentro e esfarrapado por fora. Quem se importa em tê-lo por perto?Expulsem-no! Expulsem-no!

"Como o vinagre para os dentes, e a fumaça para os olhos", assim é o preguiçoso para o homem que sua para ganhar a vida honestamente, enquanto esses indivíduos deixam o mato crescer até os tornozelos e, como diz a Bíblia, atravancam a terra.

O homem que perde seu tempo e sua força com a indolência se oferece como alvo para o diabo, que é um atirador extraordinariamente bom e perfurará o preguiçoso com seus tiros; em outras palavras, o homem preguiçoso atenta o diabo a tentá-los. Aquele que joga quando deveria trabalhar enfeitiça um espírito do mal para ser seu parceiro; e aquele que nem trabalha nem joga é uma oficina à disposição de Satanás. Se o diabo capturasse um homem preguiçoso, ele o poria para trabalhar, faria com que ele encontrasse ferramentas e, depois de muito tempo, pagaria um salário a ele. Não é daí que vem a embriaguez que enchem nossas cidades e vilas de miséria? A preguiça é a chave para a penúria e a raiz de todo o mal. O homem que não tem estômago para trabalhar tem dois para comer e beber. Nas horas de preguiça, aquele pequeno buraco logo abaixo do nariz engole o dinheiro que colocaria agasalhos nos ombros das crianças e pão na mesa dos casebres. A palavra de Deus afirma: "Os bêbados e os glutões se empobrecerão", e o versículo mostra a ligação entre eles ao concluir: "E a sonolência os vestirá de trapos". Sei disso do mesmo modo que sei que o musgo cresce nos telhados velhos e que o hábito de se embriagar brota das horas de preguiça. Eu aprecio o lazer quando posso usufruir dele, mas isso é completamente diferente; uma coisa é pau, a outra é pedra.

Gente preguiçosa não sabe o que é lazer; está sempre com pressa e bagunçado, pois como negligencia o trabalho no momento certo sempre tem muito o que fazer. Ficar na indolência, hora após hora, sem fazer nada é o mesmo que fazer buracos na cerca para deixar os porcos passarem, e eles passarão – não se engane, pois os buracos que farão ninguém vê, exceto aqueles que cuidam do jardim. O próprio Senhor Jesus nos disse que enquanto os homens dormem, o inimigo semeia a praga; isso está muito certo, pois o mal entra no coração muito mais freqüentemente pela porta da preguiça que por qualquer outra. Nosso velho pastor costumava dizer: "Um preguiçoso é a melhor matéria prima para o diabo, ele pode criar qualquer coisa desde um ladrão até um assassino". Não sou o único a condenar os preguiçosos, certa vez, eu ia entregar ao nosso pastor a longa lista dos pecados de uma das pessoas a respeito de quem ele havia me questionado, eu comecei dizendo: "Ela é terrivelmente preguiçosa". No mesmo momento, ele disse: "É o suficiente; todos os tipos de pecados estão nesse, ele é o sinal para conhecer um pecador cheio de pecados".

Meu conselho para os jovens é: "Saiam do caminho da preguiça, pois vocês podem pegar essa doença e nunca se livrar dela". Tenho sempre medo de que eles aprendam o caminho da preguiça e fico muito atento para perceber qualquer coisa desse tipo logo no início; pois como vocês sabem, é melhor matar o leão enquanto é filhote.

Certamente, nossos filhos carregam nossa natureza negativa neles, por isso podemos vê-la crescendo como erva daninha em um jardim. Quem consegue tirar ao limpo do que não é limpo? O ganso selvagem não choca o ovo quebrado. Nossos garotos saem para a vida apenas com seus aspectos negativos, a não ser que, desde o início, tornemos nosso lar um local tranqüilo e bastante atraente para eles e os treinemos a odiar a companhia dos indolentes. Não os deixe ir ao bar "Rosa e a Coroa", faça-os, enquanto são jovens, aprender a ganhar uma coroa e cultivar as rosas no jardim de seus pais. Criem os jovens como abelhas, e eles não serão zangões, vadios.

Atualmente, há muito a se dizer em relação a mestres e mestras incompetentes. Ouso dizer que há algo de bom nisso, pois, há incompetentes de todos os tipos hoje, como sempre houve. Em outra ocasião, se me permitirem, darei uma palavra sobre o assunto; mas tenho certeza de que há muito espaço para censura, mesmo entre as pessoas trabalhadoras, especialmente em relação à preguiça. Vocês sabem que somos obrigados a arar com o gado que temos à disposição; mas quando tenho de trabalhar com certos homens, preferiria dirigir uma equipe de lesmas ou ir à caça de coelhos com um furão morto. Porque de imediato seria mais fácil tirar leite de pedra ou suco de cortiça do que conseguir resultados com alguns deles; mesmo porque eles estão sempre falando dos seus direitos. Eu gostaria que eles examinassem os próprios erros, em vez de se encostarem às alças do arado. Afinal, preguiçosos e dorminhocos não são trabalhadores, não passam de porcos, bois ou cardos em macieiras. Nenhum deles faz parte do grupo de caçadores que se veste com paletós vermelhos, e nenhum deles é trabalhador ou se denomina assim. Às vezes, eu gostaria de saber porque alguns de nossos empregadores mantêm afinal tantos gatos que não caçam ratos. Seria mais fácil eu deixar minhas moedas caírem em um poço que pagar para pessoas que apenas fingem trabalhar. Vê-las todos os dias se arrastando sobre uma folha de repolho, é algo que apenas nos irrita e faz nossa carne ferver. Viva e deixe viver, digo eu, mas não inclua os preguiçosos nessa licença. "Não dê comida aos que não trabalham".

Talvez seja o momento adequado para dizer que algumas pessoas das classes mais altas, como são chamados, dão um exemplo vergonhoso em relação a isso, alguns abastados são quase tão preguiçosos quanto ricos, e, muitas vezes, até mais. As ratazanas dormem por tanto tempo e tão ruidosamente quanto os ratinhos. A maioria dos párocos compra ou encomenda um sermão para evitar o trabalho de pensar. Isso não é uma preguiça abominável? Eles zombam dos que fazem discursos afetados, mas não ficam envergonhados ao ficar em pé para ler um sermão de outra pessoa como se fosse seu. Muitos de nossos fazendeiros não têm mais nada para fazer além de repartir o cabelo ao meio; e, em Londres, conforme me disseram, muitos dos nobres, tanto senhoras como cavalheiros, não têm ocupação melhor que matar o tempo. Atualmente, diz-se que quanto mais alto o salto, maior o tombo; da mesma forma, quanto mais importante é a pessoa, mais sua preguiça chama atenção, e mais ela deve se envergonhar dela. Não digo que elas têm obrigação de arar, mas que têm o dever de fazer alguma coisa em relação à situação, além de serem como as lagartas no repolho comem a melhor parte; ou como as borboletas que se exibem, mas não produzem mel. Não posso me irritar com essas pessoas por qualquer coisa, pois sinto pena delas, quando penso nas regras de moda estúpidas que são obrigadas a obedecer, e na vaidade com que prolongam seus dias. Eu preferiria antes vergar minhas costas com o trabalho pesado do que ser um rapaz elegante com nada para fazer além de me olhar no espelho e ver em mim mesmo um sujeito que nunca pôs uma simples batata no pote da nação, mas apenas tirou muitas. Antes despencar das montanhas de Surrey, esgotado como a velha égua marrom de meu mestre, que comer pão e queijo sem ter trabalhado para isso; é melhor ter uma morte honrosa que levar uma vida imprestável. Seria melhor entrar em meu caixão que ser um morto vivo, um homem cuja vida é uma folha em branco.

De qualquer modo, não é fácil que os preguiçosos passem impunes por todos seus esquemas porque, no fim, sempre carregam a maior parte das penas. Elas não consertam o telhado, portanto têm de construir uma nova cabana; não põem o cavalo na carroça, por isso, terão elas mesmas de puxar a carroça. Se fossem espertas, executariam bem seu trabalho, a fim de não fazê-lo duas vezes, e se esforçariam trabalhar bem enquanto estão na lida para tirar a pendência da frente. Meu conselho é: se você não gosta de trabalho pesado, comece a trabalhar com garra, execute-o e goze seu tempo de descanso.

Eu gostaria que todas as pessoas religiosas pensassem a respeito desse assunto, pois alguns professores são surpreendentemente preguiçosos e, com isso, fornecem um material lamentável para a língua dos ímpios.

Penso que um lavrador religioso deve ser o melhor homem no campo, e não deve permitir que nenhum grupo o derrote. Quando estamos trabalhando, temos o dever de estar com a atenção no trabalho e não podemos parar para conversar, mesmo que a conversa seja sobre religião. Do contrário, não apenas roubamos de nosso empregador o nosso próprio tempo, como também o tempo dos cavalos. Eu costumo ouvir pessoas dizerem: "Nunca pare o arado para matar um rato", da mesma forma, é uma tolice parar para bater papo; além disso, um homem que desperdiça o tempo, quando o patrão está ausente é um bajulador, o que considero o oposto de ser cristão. Se alguns dos membros de nossa congregação fossem um pouco mais ágeis com os braços e as pernas quando trabalham e um pouco menos ativos com as línguas, falariam mais sobre religião do que falam agora. O povo diz que o maior enganador é o mais devoto, eu fico constrangido em afirmar que um dos maiores preguiçosos que conheço é um homem que se declara abertamente um falante. Seu jardim está tão coberto de ervas daninhas que por pouco não tomo a iniciativa de capiná-lo para ele. Se ele fosse mais jovem, conversaria com ele a respeito disso para livrar nosso grupo da vergonha que ele acarreta sobre nós e a fim de orientá-lo melhor, mas quem pode ser professor de uma criança de sessenta anos? Ele é um espinho constante para o nosso amável pastor, que anda muito aflito com isso e diz muitas vezes que tem vontade de ir para outro lugar porque não consegue lidar com essa conduta; mas eu digo-lhe que em qualquer lugar que viva sempre encontrará um arbusto espinhoso perto de sua porta, e será uma benção se não encontrar dois.

Contudo, eu gostaria que todos os cristãos fossem diligentes, pois a religião jamais teve por desígnio que nos tornássemos preguiçosos. Jesus foi um grande trabalhador e seus discípulos não tinham medo de trabalhar duro.

Da mesma forma, tem muito disso no servir ao Senhor com o coração frio e a alma preguiçosa, além de fazer a religião definhar. Os homens cavalgam quando caçam para ganhar algo, mas são lerdos quando estão a caminho do céu. Os pregadores continuam a vacilar e a falar de forma monótona, em uma verdadeira lengalenga, e o povo começa a bocejar, cruzar os braços e a dizer que, por isso, Deus está recusando a bênção. Todo preguiçoso maldiz sua sorte quando se vê incluído grupo dos esfarrapados; e algumas igrejas aprenderam esse mesmo artifício pernicioso. Eu acredito que quando Paulo planta, e Apolo rega, Deus faz crescer, e não tenho paciência com os que põem a culpa em Deus, quando eles são os culpados. Agora esgotei todos os meus recursos. Receio ter falado em vão, mas fiz o melhor que pude, nem um rei poderia fazer mais. Uma formiga nunca produzirá mel se não trabalhar com o coração, e eu jamais exporei meus pensamentos de forma tão bela como alguns escrevem um livro de sucesso; mas a verdade é a verdade mesmo vestida de chita e, assim, chego ao fim de toda essa história.

Charles Haddon Spurgeon
Sabedoria Bíblica, Cap. 1.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aos que de antemão conheceu

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou, também justificou; aos que justificou também glorificou (Romanos 8:28-30).

[...] Primeiro há uma referência a aqueles que Deus de antemão conheceu. Essa alusão a “conhecer de antemão”, isto é, saber de alguma coisa antes que ela aconteça, tem levado muitos comentaristas, tanto antigos como contemporâneos, a concluir que Deus prevê quem irá crer e que essa presciência seria a base para a predestinação. Mas isso não pode estar certo, pelo menos por duas razões. A primeira é que neste sentido Deus conhece todo mundo e todas as coisas de antemão, ao passo que Paulo está se referindo a um grupo específico. Segundo, se Deus predestina as pessoas porque elas haverão de crer, então a salvação depende de seus próprios méritos e não da misericórdia divina; Paulo, no entanto, coloca toda a sua ênfase na livre iniciativa da graça de Deus. Assim, outros comentaristas nos fazem lembrar que no hebraico o verbo “conhecer” expressa muito mais do que mera cognição intelectual; ele denota um relacionamento pessoal de cuidado e afeição. Portanto, se Deus “conhece” as pessoas, ele sabe o que passa com elas [138]; e quando se diz que ele “conhecia” os filhos de Israel no deserto, isto significa que ele cuidava e se preocupava com eles.[139] Na verdade Israel foi o único povo dentre todas as famílias da terra a quem Javé “conheceu”, ou seja, amou, escolheu e estabeleceu com ele uma aliança. [140] O significado de “presciência” no Novo Testamento é similar. “Deus não rejeitou o seu povo [Israel], o qual de antemão conheceu”, isto é, a quem ele amou e escolheu (11:2). [141] À luz deste uso bíblico John Murray escreve: “’Conhecer’... É usado em um sentido praticamente sinônimo de ‘amar’... Portanto, ‘aqueles que ele conheceu de antemão’... é virtualmente equivalente a ‘aqueles que ele amou de antemão”.[142] Presciência é “amor peculiar e soberano”. [143] Isto se encaixa com a grande declaração de Moisés: “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu, porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo... mas porque o Senhor vos amava...”. [144] A única fonte de eleição e predestinação divina é o amor divino.

[138] Sl. 1.6; 144.3.
[139] Os 13.5.
[140] Am 3.2.
[141] Cf. 1 Pe 1.2.
[142] Murray, vol. I, p. 317.
[143] Ibid., p. 318.
[144] Dt 7.7s.; cf. Ef 1.4s.

John Stott
em A Mensagem de Romanos.
Extraído de Predestinação: Cinco Afirmações Incontestáveis.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Que Você Pensa Sobre Calvinismo?

Se você pensa em um calvinista como alguém inflexível, dogmático, censurador e disposto a proferir maldições contra todos os que dele discordam, espero que eu não seja esse tipo de pessoa. Quanto à doutrina que alguns estigmatizam com o nome de calvinismo, não posso evitar esse apelido severo, enquanto creio em tais doutrinas. Parece não haver um ponto intermediário entre o defendê-las e o não defendê-las; entre o atribuir a salvação à vontade do homem ou ao poder de Deus; entre a graça e as obras (Rom 11.6); entre o ser achado por Deus tendo a justiça de Cristo ou a minha própria justiça (Fil 3.9).

As graves conseqüências freqüentemente atribuídas a doutrina calvinista realmente fazem parte dela? Eu teria muito a responder em favor dessa doutrina, se eu mesmo a tivesse inventado ou se a tivesse recebido do próprio Calvino. Mas, visto que a encontro nas escrituras, eu a aceito com alegria e deixo que o Senhor vindique sua própria verdade e seus próprios caminhos de todas as acusações que tem sido lançadas sobre eles.

John Newtom. Revista Fé Para Hoje, Edição 09/2001.

domingo, 17 de maio de 2009

Quem escreveu a epístola aos Hebreus?

Complementando o artigo do Pr. Marcello de Oliveira, segue algumas citações históricas:

"(...) Clemente expõe muitos pensamentos da Carta aos Hebreus, e inclusive utiliza textualmente algumas passagens da mesma, mostrando assim com toda claridade que este escrito não é recente. Por isso pareceu natural catalogá-lo entre os demais escritos do apóstolo. Porque Paulo praticou por escrito com os hebreus valendo-se de sua língua pátria, e alguns dizem que a carta foi traduzida pelo evangelista Lucas, mas outros afirmam que foi o próprio Clemente, o que talvez seja mais verdadeiro pelo fato de ambas, a Carta de Clemente e a Carta aos Hebreus, conservarem um caráter estilístico semelhante, além de não se diferenciar muito o pensamento de um e outro escrito." (Eusébio de Cesaréia - História Eclesiástica, Livro 3, XXXVIII, 1-3)

"Diz também que a Carta aos Hebreus é certamente de Paulo, mas que foi escrita em língua hebraica para os hebreus, sendo que Lucas a traduziu cuidadosamente e a editou para os gregos; daí que se encontre o mesmo colorido no estilo desta carta e nos Atos. E acrescenta que é natural que a expressão "Paulo apóstolo" não esteja escrita no cabeçalho, "porque - diz - como escrevia aos hebreus, que tinham prevenção contra ele e dele suspeitavam, com absoluta prudência não quis espantá-los já no início pondo seu nome". E um pouco abaixo acrescenta: "Pois bem, como dizia o bem-aventurado presbítero, posto que o Senhor, apóstolo do Todo-Poderoso, foi enviado aos hebreus, Paulo, que o havia sido dos gentios, por modéstia não se intitulou apóstolo dos hebreus, e ao mesmo tempo por deferência para com o Senhor e porque, apesar de ser arauto e apóstolo dos gentios, escreve em anexo também uma carta aos hebreus." (Eusébio de Cesaréia - História Eclesiástica, Livro 6, XIV, 2-4)

"(...) Ele (Paulo), sendo um hebreu, escreveu em hebraico, ou seja, sua própria língua, na qual é mais fluente, e as coisas que foram escritas de forma eloquente em hebraico o foram ainda mais eloquentemente traduzidas ao grego, e esta é a razão pela qual soa diferente das outras epístolas de Paulo." (Jerônimo - De Viris Illustribus, 5)

sábado, 16 de maio de 2009

Um rapper pregando o evangelho?

Nesses dias tive uma surpresa extremamente agradável. Conheci, na internet, um rapper chamado Shai Linne. Ele é cristão reformado e suas letras são pura teologia. Qual de vocês já ouviu sobre propiciação, eleição, expiação definida, depravação total, graça irresistível... em uma letra de música? Pois é, Shai Linne faz isso, cantando teologia e espalhando o verdadeiro evangelho nos subúrbios dos EUA. De quebra, de vez em quando, ao final de suas músicas, há partes de sermões do Pastor John Piper. Para quem entende inglês, será fácil achar suas letras na internet. Procurem pelas letras do álbum Atonement. Enquanto suas letras não são traduzidas, deixo com vocês dois vídeos dele. O primeiro* é uma pregação dele em uma de suas apresentações. O segundo é uma apresentação dele, em que canta uma música explicando sobre o Deus triúno. Este está em inglês, mas, para quem entende um pouco, as letras são exibidas em um datashow. Yo!


*Como o primeiro vídeo não está mais disponível, veja mais aqui:
https://www.youtube.com/results?search_query=Shai+Linne+legendado

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sim, eles são estúpidos (como nós éramos antes)!

Agora, se você recusa a dizer que todos os não-Cristãos são pecaminosos, então você nem mesmo é um Cristão. Você é apenas um não-Cristão criticando a fé Cristã, como um intruso. Todavia, se você diz que todos os não-Cristãos são pecaminosos, mas recusa a também dizer que eles são estúpidos, apesar de esse ser o claro ensinamento da Escritura, então você é, no mínimo, um hipócrita. Quem disse a você que não-Cristãos são inteligentes? A Bíblia os chama de tolos. Você tem sido enganado pelos não-Cristãos, que apresentam a si mesmos como inteligentes. Quanto a mim, não me envergonho do evangelho, pois, pela fé em Cristo, sou salvo tanto da escuridão moral quanto da intelectual. O Deus que, na criação, disse “Haja luz” tem causado a luz de Cristo para resplandecer em mim também. Ele me transportou do reino das trevas para o reino de seu Filho. Isso é o que acontece na conversão. Isso é o que significa tornar-se um Cristão.

Vincent Cheung, em The view for above (Light and darkness)

Tradução: Saulo R. do Amaral

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Cabana

Não é novidade que hoje em dia qualquer coisa que se passa por cristã é logo aceita por crentes professos. Sem nenhum discernimento, a maioria aceita na boa tudo o que é gospel: sejam cds, dvds, livros... A subcultura gospel está bombando. Grande parte dos evangélicos adotou o slogan pós-moderno: não julgar nada, não criticar nada, "o importante é o amor", "doutrina não é importante", "abaixo o preconceito". Não bastasse isso, eles colocam aquela capa de falsa piedade. Sim, ouse criticar algum desses para ver o que acontece. Serás um "Atanásio contra o mundo". Tente pregar a Palavra pura e simplesmente e verás que muitos dos teus "irmãos" não dão a mínima para ela. Querem é uma religião falsa. O deus deles é o próprio umbigo. No entanto, a Escritura nos diz para julgar todas as coisas e não dar crédito a qualquer espírito.

Um das novidades de hoje é o livro A Cabana. "O livro é uma ficção", dirão eles. Não importa! O Código da Vinci, que também é uma ficção, deu margem para um monte de velhas heresias gnósticas entrarem em cena. Hoje, acredita-se em tudo. Com o livro A Cabana não é diferente: ele ressuscita a velha heresia do Sabelianismo, ou Modalismo, e muitos cristãos professos acham que ele realmente fala sobre o Deus trinitariano. Peço que os cristãos que leram o livro pensem duas vezes ao indicarem a obra. Sei que até pastores têm indicado para suas igrejas. Vejam no vídeo abaixo o que o Pastor Mark Driscoll fala sobre o assunto. Se possível, estudem um pouco sobre Sabelianismo ou Modalismo e fiquem atentos. O diabo é sempre sutil.


Por Mark Driscoll ©. Website: https://markdriscoll.org
Tradução e Legenda: http://voltemosaoevangelho.com

Saulo R. do Amaral

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Glorificando a Deus não o servindo, mas sendo servido por ele

[...] A descoberta foi que não glorificamos a Deus atendendo suas necessidades, mas orando para que ele supra as nossas — com confiança em sua resposta. Aqui estamos no cerne das boas novas do prazer cristão.

A insistência de Deus em que lhe peçamos que ele nos dê ajuda para que receba glória (SL 50.15) impõe-nos o fato surpreendente de que temos de parar de servir a Deus e tomar o cuidado especial de deixar que ele nos sirva, para não roubarmos dele a sua glória.

Isso soa muito estranho. A maioria de nós pensa que servir a Deus é algo totalmente positivo. Nunca pensamos que servir a Deus pode ser um insulto para ele. No entanto, meditar no sentido da oração requer que pensemos assim.

Atos 17.24, 25 deixa isso claro:

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais.

Esse é o mesmo raciocínio do texto de Robinson Crusoé sobre oração:

Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. [...] Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (SL 50.12, 15).

É evidente que há uma maneira de servir a Deus que o diminuiria, como carente do nosso serviço. "O Filho do homem não veio para ser servido" (Mc 10.45). Ele quer ser o servo. Ele quer receber a glória como doador.

[...]

Isso quer dizer que não devemos servir a Cristo? Recebemos a ordem: "Servi ao Senhor!" (Rm 12.11). Aqueles que não servem a Cristo são repreendidos (Rm 16.18). Sim, temos de servi-lo. Mas tomaremos cuidado para não servi-lo de uma maneira que indica uma deficiência da sua parte ou nos exalta como indispensáveis.

Servir a Deus é sempre receber

Como, então, devemos servir? Salmos 123.2 indica o caminho: "Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus, até que se compadeça de nós". A maneira de servir a Deus de modo que ele receba a glória é olhando para ele para receber misericórdia. A oração evita que o serviço seja uma expressão de orgulho.

Todo servo que tenta livrar-se do domínio divino e estabelecer uma parceria de igual para igual com o seu senhor celestial está em revolta contra o Criador. Deus não faz trocas. Ele dá a misericórdia da vida aos servos que querem tê-la, e o salário da morte aos que não querem. O bom serviço é sempre e fundamentalmente receber misericórdia, não prestar ajuda. Portanto, não há bom serviço sem oração.

John Piper em Em Busca de Deus

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O "mistério" e a falsa piedade

Cuidado com a falsa piedade que é exibida em um constante senso de mistério, que iguala indefinição com espiritualidade […] É uma forma de reverência que requer muito pouco esforço e quase nenhuma obediência, mas que faz a pessoa se sentir bem a respeito de si mesma e ganhar admiração de outros. Não é uma forma de abraçar a pessoa de Cristo, mas, antes, uma forma de escapar dele. Ele se revelou a nós em proposições, em doutrinas para serem compreendidas pelo intelecto. Piedade verdadeira, entretanto, é estudar essas palavras, entendê-las, acreditar nelas e obedecê-las. É assim que se aprende com uma pessoa. É assim que se respeita uma pessoa.

Vincent Cheung

Extraído de "The view from above".

Traduzido por Saulo R. do Amaral

Veja outro trecho da obra do autor que trata sobre o tema aqui.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Folhetos evangelisticos que gostaríamos de ver por aí

Clique na imagem para ampliar

Fonte: Frases Protestantes

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sim, Senhor!

No último fim de semana assisti a um filme intitulado "SIM SENHOR", estrelado por Jim Carrey. Ele conta a vida de um homem mal-humorado que vivia dizendo não para todos.

Um dia ele foi a uma palestra de auto-ajuda na qual ouviu o orador dizer: "diga "sim" para vida, diga "sim" para as oportunidades, diga "sim" para as pessoas"

Ele saiu da reunião entusiasmadíssimo, e então passou a dizer "sim" para tudo e para todos. Um medigo lhe pediu uma carona: ele disse "sim"; depois pediu para usar seu celular: ele disse "sim"; depois pediu todo o seu dinheiro: ele disse "sim". [...] Curiosamente as coisas começaram a dar certo depois que ele assumiu essa filosofia, mas, como esperado, mais à frente ele começou a colher os resultados negativos dessa postura perigosa de sempre dizer "sim".

Resumindo o filme, no final Carl (personagem de Jim Carrey), percebe que realmente, em algumas circunstâncias da vida é necessário e imperativo dizer "não". O palestrante que se envolveu depois em um acidente de carro com ele tentou justificar a sua filosofia barata do "sim" dizendo que só tentou injetar na vida de Carl uma atitude mais positiva em relação à vida.

O filme termina de forma muito engraçada. Carl volta ao salão onde ouviu a palestra e pede a as roupas de todos que estavam presentes. Resultado: todos as entregaram..Quando o guru do "sim" subiu ao palco para falar, todos do platéia estavam completamente nus, dizendo "SIM SENHOR". Carl pegou as suas roupas e doou aos pobres.

Esse filme fez-me lembrar a situação de muitos crentes, atualmente, principalmente dos obreiros, que são condicionados por suas lideranças a sempre dizer "sim". O slogan ensinado a Carl no filme foi "SIM SENHOR" e é exatamente isso que fazemos na igreja. A ordem é dada e, sempre, a única opção que temos é dizer: "SIM SENHOR".

Somos ensinados a nunca redarguir, a nunca contestar. Às vezes dou certa razão a Nieztche que vociferou contra a chamada "moral do rebanho" do Cristianismo. Ele comparou os crentes a um gado manso que aceita a todas as imposições de forma absolutamente passiva. Não raciocinam, não têm espírito crítico, não pensam. Nos tornamos como o autômato do filme "O Homem Bicentenário", estrelado por Robin Willians que somente dizia: "isto fica feliz por ser útil".

Muitos cristãos têm experimentado uma terrível anulação de si mesmos; nem se reconhecem mais. Quando eu me converti e entrei para a igreja, senti-me como Alice no país das maravilhas; flutuava, dizendo que a igreja era o melhor lugar do mundo. Que decepção tive depois!

Muitos cristãos estão como as pessoas nuas do referido filme. Eles tiraram tudo delas: o direito de dizer "não", suas personalidades, suas opiniões, a espontaneidade; tiraram até mesmo suas liberdades. Pensaram ter saído da escravidão para a liberdade, mas acabaram dando-se conta de que só trocaram uma escravidão pela outra.

É chegada a hora de começarmos a dizer "não". Mas aviso: é preciso ter coragem para tomar essa atitude; é preciso estar preparado para as retaliações, para o desprezo, para as acusações. O nosso "não" virá acompanhado da perda do prestígio, de cargos e de privilégios. O fim daquele que tem a coragem de dizer "não" para todo sistema opressor é o ostracismo absoluto.

Cristiano Santana

Extraído de seu blog

terça-feira, 5 de maio de 2009

O soldado fiel

Se eu professar com a voz mais alta e com a mais clara exposição cada pormenor da verdade de Deus, exceto precisamente aquele pequeno ponto ao qual o mundo e o demônio estão naquele momento atacando, eu não estou confessando Cristo, ainda que ousadamente eu possa estar professando a Cristo. Onde a batalha trava-se, ali a lealdade do soldado é provada, e estar em outro campo da batalha que não este é apenas deserção e desgraça, se ele foge deste ponto.

Martinho Lutero

  ©Orthodoxia desde 2006

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