Culto ao caos

No carnaval, dizem, tudo é permitido: adultérios, uso de drogas e outras baixarias que, em dias comuns, pelo menos são feitas com mais discrição. Dias anteriores, estava lendo um livro de Rushdoony, onde ele fala sobre o culto ao caos do mundo antigo. No momento em que vi as cenas de depravação, lembrei do texto, que, na minha opinião, encaixa-se perfeitamente com o que é “comemorado” nesta época do ano.
Diz Rushdoony:
[...] Estamos retrocedendo aos cultos ao caos que marcaram o mundo antigo.
[...] Um desses cultos ao caos que nos é familiar a partir do mundo greco-romano era as Saturnais. A moralidade era muito rigorosa naqueles dias, mas uma vez por ano, por um período de dias - às vezes uma semana: em algumas culturas, dez dezenas - toda a lei era subvertida. Um condenado era trazido do cárcere e entronizado como rei, a ponto de possuir a rainha. As leis contra a bestialidade, o incesto e toda espécie de perversão eram subvertidas. Só uma lei ainda vigorava, a de que os padeiros tinham de trabalhar o suficiente todos os dias para produzirem comida para a população.
Isso decorria da crença greco-romana de que toda a criação surgira do caos e que, portanto, o poder, a energia e a graça estavam presentes no caos. Na liberação anual do caos, esse poder era drenado e invocado, para que uma onda de processão jorrada dos mananciais do ser corresse através da sociedade e lhe concedesse vitalidade para um outro ano.
Estivemos na praia do Santinho no sábado, muito bom e sossegado. Mas ao retornarmos na rodovia para a praia dos ingleses, fomos impedidos de prosseguirmos a viagem porque uma turma de "homens" vestidos de mulher resolveu comemorar o carnaval ali, no meio da rua. Foi necessária a ação da polícia para tirar a turma da rodovia. Lamentável. A inversão de valores está cada vez mais evidente e forte. Nesse período do ano, a melhor forma de preservar nossos olhos desses absurdos é ficar em casa ou então participar de algum retiro. Na rua está impossível!
Eu fiquei em casa e não vi nada, aliás, vivi uma quietude impossível de se obter em outros dias do ano.
Gostei do seu comentário sobre as Saturnais, não sabia disso.
Agora é aquela coisa, é dificil exigir moralidade e bons costumes de pessoas que não tem a mesma fé que a gente. Mas quando a questão é segurança publica não tem fé que justifique alguém.
Ah, me desculpem...eu moro na praia dos Ingleses.
Opa, Ingleses! hehe! Estava aí na segunda-feira. Quanto ao comportamento das pessoas, é mais com relação à ordem pública mesmo. E, claro, não podemos esperar que essas pessoas não-regeneradas se comportem como cristãos, mas quanto à exigência, a lei de Deus serve para todos, crentes ou não. O padrão é o mesmo. Abraço!
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