segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Férias

Comos vocês devem ter notado, o blog está meio parado nesses dias. Estamos de férias e as viagens impedem o blog de ter uma atualização mais frequente. Eu, por exemplo, estou em Minas Gerais. A família de minha esposa é daqui. Nós moramos em Florianópolis. Então, já é praxe viajarmos para cá nesta época do ano, curtir um pouco a fazenda, ficar lendo por horas... e comendo boa comida.

Trouxe alguns livros para ler neste período: Um Estudo em Vermelho, o primeiro romance de Sherlock Holmes; O Médico e o Monstro, do Stevenson; Sansão e sua fé, do Vincent Cheung; uma biografia do George Whitefield, do Arnold Dallimore; Humildade, do C. J. Mahaney; e A Renovação do Coração, do Dallas Willard.

Desses todos, li O Médico e o Monstro e estou acabando do ler Sansão e sua fé. O primeiro livro é um clássico mundial. Gostei bastante do tema: a maldade inata do homem versus sua consciência. Por mais que o homem sem Deus seja inapto para fazer o bem, sua consciência o julga. Ou ele se arrepende e se volta para Deus através de Jesus, ou tenta fazer "boas obras" para se justificar. Logo vê que constantemente quebra essa lei da sua consciência e tem de lidar com o problema. A "solução", muitas vezes, é criar uma máscara, permanecendo o homem em seu íntimo extremamente depravado, mas, em seu exterior, com uma aparência de gentileza e decência. Creio que muito do que o autor escreveu veio de sua própria experiência, pois Stevenson foi criado em uma família supostamente cristã, mas que não vivia de acordo com o que pregava. Após algum tempo, deixou de lado as crenças da família e caiu de vez no mundanismo. No entanto, suas obras são cheias de alusões a temas religiosos. Mais especificamente, Stevenson, por ter tido uma educação calvinista (seus pais eram presbiterianos), toca bastante no tema da depravação do homem. Vale a pena ler esse livrinho.

O livro sobre Sansão é muito bom, também! Cheung é muito claro e desafiador. Vale a pena ler tudo o que ele escreve. A editora Monergismo está de parabéns. Mais tarde, se der, posto algo sobre esse segundo livro, assim que acabar, e sobre os outros que lerei. No mais, boas férias e um ano novo repleto do conhecimento de Deus.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O que o Natal significa para mim - por C.S. Lewis

Post de 2007, mas muito propício para esta época do ano.


Há três coisas que levam o nome de "Natal". A primeira é a festa religiosa. Ela é importante e obrigatória para os cristãos mas, já que não é do interesse de todos, não vou dizer mais nada sobre ela. A segunda (ela tem conexões histórias com a primeira, mas não precisamos falar disso aqui) é o feriado popular, uma ocasião para confraternização e hospitalidade. Se fosse da minha conta ter uma "opinião" sobre isso, eu diria que aprovo essa confraternização. Mas o que eu aprovo ainda mais é cada um cuidar da sua própria vida. Não vejo razão para ficar dando opiniões sobre como as pessoas devam gastar seu dinheiro e seu tempo com os amigos. É bem provável que elas queiram minha opinião tanto quanto eu quero a delas. Mas a terceira coisa a que se chama "Natal" é, infelizmente, da conta de todo mundo.

Refiro-me à chantagem comercial. A troca de presentes era apenas um pequeno ingrediente da antiga festividade inglesa. O Sr. Pickwick levou um bacalhau a Dingley Dell [1]; o arrependido Scrooge [2] encomendou um peru para seu secretário; os amantes mandavam presentes de amor; as crianças ganhavam brinquedos e frutas. Mas a idéia de que não apenas todos os amigos mas também todos os conhecidos devam dar presentes uns aos outros, ou pelo menos enviar cartões, é já bem recente e tem sido forçada sobre nós pelos lojistas. Nenhuma destas circunstâncias é, em si, uma razão para condená-la. Eu a condeno nos seguintes termos.

1. No cômputo geral, a coisa é bem mais dolorosa do que prazerosa. Basta passar a noite de Natal com uma família que tenta seguir a 'tradição' (no sentido comercial do termo) para constatar que a coisa toda é um pesadelo. Bem antes do 25 de dezembro as pessoas já estão acabadas – fisicamente acabadas pelas semanas de luta diária em lojas lotadas, mentalmente acabadas pelo esforço de lembrar todas as pessoas a serem presenteadas e se os presentes se encaixam nos gostos de cada um. Elas não estão dispostas para a confraternização; muito menos (se quisessem) para participar de um ato religioso. Pela cara delas, parece que uma longa doença tomou conta da casa.

2. Quase tudo o que acontece é involuntário. A regra moderna diz que qualquer pessoa pode forçar você a dar-lhe um presente se ela antes jogar um presente no seu colo. É quase uma chantagem. Quem nunca ouviu o lamento desesperado e injurioso do sujeito que, achando que enfim a chateação toda terminou, de repente recebe um presente inesperado da Sra. Fulana (que mal sabemos quem é) e se vê obrigado a voltar para as tenebrosas lojas para comprar-lhe um presente de volta?

3. Há coisas que são dadas de presente que nenhum mortal pensaria em comprar para si – tralhas inúteis e barulhentas que são tidas como 'novidades' porque ninguém foi tolo o bastante em adquiri-las. Será que realmente não temos utilidade melhor para os talentos humanos do que gastá-los com essas futilidades?

4. A chateação. Afinal, em meio à algazarra, ainda temos nossas compras normais e necessárias, e nessa época o trabalho em fazê-las triplica.

Dizem que essa loucura toda é necessária porque faz bem para a economia. Pois esse é mais um sintoma da condição lunática em que vive nosso país – na verdade, o mundo todo –, no qual as pessoas se persuadem mutuamente a comprar coisas. Eu realmente não sei como acabar com isso. Mas será que é meu dever comprar e receber montanhas de porcarias todo Natal só para ajudar os lojistas? Se continuar desse jeito, daqui a pouco eu vou dar dinheiro a eles por nada e contabilizar como caridade. Por nada? Bem, melhor por nada do que por insanidade.
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Publicado originalmente em God in the dock -- Essays on Theology and Ethics (Deus no banco dos réus – Ensaios sobre Teologia e Ética), 1957.
[1] Samuel Pickwick é o personagem principal de Pickwick Papers, romance de Charles Dickens no qual suas aventuras são narradas. Dingley Dell é o nome de uma fazenda, um dos cenários do romance. (N. do T.)
[2] Referência ao avarento milionário Ebenezer Scrooge, personagem da obra Um Conto de Natal, de Charles Dickens. (N. do T.)
Tradução: © 2006 MidiaSemMascara.org

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Duas Cidades - Agostinho de Hipona

Extraí o texto a seguir do filme "Santo Agostinho", onde ele discursa sobre a corrupção da sociedade e instiga o povo a se analisar para descobir a que tipo de sociedade pertence, à justificada ou à corrompida. Provavelmente, esse discurso foi retirado dos clássicos "Confissões" e "A Cidade de Deus", onde encontrei vários textos semelhantes, portanto, retratam bem o pensamento desse que foi um dos maiores teólogos e filósofos em todos os tempos. O discurso foi feito logo após a ruína de Roma.
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Vocês conhecem meu sofrimento por esta nossa sociedade cheia de injustiça em que a corrupção, a desordem, a violência, o amor pelo poder e pelo dinheiro cobriram de vergonha a dignidade dos homens, que perderam o conhecimento do que são, desde o início dos séculos, filhos de Deus e herdeiros do Paraíso. “Mas os sofrimentos dessa vida, diz Paulo, não são comparáveis com a glória que um dia deverá palpitar em nós”. Sendo assim, não nos deixemos invadir por pensamentos carnais, o momento não é esse. O mundo foi sacudido, o velho homem, arrasado; a nossa carne, humilhada; até que a esperança viva e brilhe.Quando os pagãos nos disseram: Roma caiu por causa da sua fé, nós respondemos que a doutrina de Cristo não nos foi dada para acumularmos os bens da terra, mas para reformularmos a nossa vida e nos conduzirmos para os bens invisíveis.

Os reinos, os poderes e tudo o que lhes diz respeito são, na verdade como torrentes após a chuva, nascem, incham e se perdem no mar. Não são mais que o murmúrio entre dois silêncios. Enquanto o mundo treme e desaba, Cristo nos diz: “Por que se abalar? Eu já havia predito isso. Surpreendem-se por que o mundo perece? È como se surpreendessem porque o homem envelhece. O mundo é como o homem, nasce, cresce, envelhece”. Que sua fé, portanto, se reaviva, porque Cristo veio ao mundo para recriá-los, enquanto tudo está se desfazendo. Não se recusem a rejuvenescer em Cristo. A natureza, viciada pelo pecado, gera os cidadãos da cidade terrena. A graça, que liberta a natureza do pecado, gera os cidadãos da cidade de Deus. Os primeiros, descendentes de Caim, envelhecem como os bens da Terra aos quais se apegaram. Os segundos, descendentes de Abel, são regenerados de idade em idade para que vivam na esperança da Pátria Celeste. É assim que dois amores geram duas cidades. O Amor de Deus gera Jerusalém. O amor por este mundo gera Babilônia. Que cada um de vocês se pergunte o que ama e descubrirá de que cidade é cidadão. Se descobrir que é cidadão da Babilônia, arranque do coração a cobiça. Se tiver a sorte de ser cidadão de Jerusalém, aceite sua escravidão e espere sua libertação próxima.
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Não se surpreenda de ver que sobre a Terra, os justos e os infiéis estão juntos. Estão do mesmo modo como cresce na oliveira, tanto o que se rejeita, como o que se conserva, tanto o que se ama, como o que nos desagrada. Porque a história do mundo compreende tanto história do pecado, que é a dos condutores do império, como a história da Salvação que é a dos Patriarcas e dos Profetas.Os que não acreditam na igualdade logo deixarão suas riquezas como um sonho. Mas os que servem a Deus, possuirão a terra. A verdadeira Terra, a Jerusalém eterna. A iniqüidade é vã, é nula. Só a justiça é poderosa. A verdade poderá ficar temporariamente oculta, mas nunca poderá ser vencida. A iniqüidade poderá aflorar muitas vezes, mas triunfar, jamais! As cidades terrestres morrerão, mas a cidade de Deus está e estará eternamente na Sua Glória.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O tratamento dos animais é revelador do caráter das pessoas

Provérbios 12.10 diz: “O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel”. O filme [o autor se refere ao filme Marley e eu] apresenta o cuidado e carinho com o Marley, animal de estimação escolhido pelos dois. O cachorro serve como professor involuntário de paciência, determinação, devoção, reconhecimento e abnegação, para o casal e, depois, aos filhos. Ou talvez um animal de estimação desperte essas características das pessoas, formadas à imagem e semelhança de Deus, que se encontram obscurecidas pelo pecado. Mas temos de reconhecer que mesmo os descrentes são possibilitados pela Graça Comum de Deus a terem esses sentimentos e de demonstrarem traços de caráter que emulam os ideais bíblicos comportamentais. Se é assim com os que não temem a Deus, quanto mais nós, cristãos, deveríamos demonstrar esse exemplo de caráter, em nossas vidas, conhecedores que somos “das coisas do Espírito”. Realmente, é inegável que a Palavra indica que o tratamento dos animais revela a índole das pessoas. Jacó, na ocasião de sua morte, ao avaliar os seus filhos (Gn 49.5 e 6), fala contra Simeão e Levi que, em “sua vontade perversa” mutilaram touros com suas espadas. Jacó os caracteriza como violentos e furiosos.

Solano Portela em O tempora, O mores

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Como devemos tratar os animais?

Quero deixar claro que não sou contra, de forma alguma, que o homem mate animais. Gosto muito de um churrasco, essa é a verdade. E, claro, Deus, em sua infalível palavra, nos permite matar animais para satisfazer as necessidades de alimentação e vestuário. No entanto, gostaria de colocar algo para reflexão dos irmãos. Até onde vai essa liberdade? Posso matar animais simplesmente por prazer? Posso torturá-los e tratá-los da forma que bem entender? Faço essas perguntas porque acabei de ver um vídeo que relata a forma cruel com que vários animais morrem. E, geralmente, morrem para satisfazer a luxúria de certas pessoas. E o versículo de Provérbios que diz: "O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel"?

Não tive tempo de analisar mais versículos na Bíblia sobre o assunto, mas deixo dois vídeos para reflexão. O primeiro deles mostra o método de retirada da pele de alguns animais. Já aviso: o vídeo é repugnante. O segundo é um vídeo antigo (de 1990) de uma banda cristã chamada Tourniquet [1] que fala sobre o assunto. Ah, claro, a qualidade não é das melhores e, muito provavelmente, muitos duvidaram do meu bom gosto, rsrs!


Pledge to go fur-free at PETA.org.


http://www.youtube.com/watch?v=0gOihbYqYwg

[1] Gosto muito dessa banda por causa do som e das letras inteligentes. Quem quiser conferir mais sobre a banda, que está com um som totalmente diferente, acesse o site aqui.

*Para os que recebem os artigos por e-mail, é preciso acessar a página do blog para assistir aos vídeos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Confrontar o ímpio em seu pecado?

Estava conversando com um pastor de uma igreja estilo seeker-friendly [1] há pouco tempo atrás a respeito da ideia de que possíveis futuros Cristãos precisavam “se sentir bem vindos” e “aceitos” antes de mais nada: sem “ameaças”, sem “críticas”.

Perguntei: “Se uma pessoa vivendo em pecado viesse à sua igreja, você o confrontaria?”

Ele franziu a testa e balançou a cabeça, desaprovando. “Ah, não! Nós iriamos querer que ele se sentisse amado e bem-vindo”.

Meus olhos se arregalaram. “E quanto tempo você esperaria antes de realmente dizer algo sobre aquilo?”

“Talvez um ano e meio, dois anos”, ele disse, sorrindo. “Porque, então, ele se sentiria realmente parte das coisas”.

Aquilo foi chocante para mim. Existe alguma virtude em deixar um homem em seu pecado para que ele se sinta aceito? “Bem, essa é a diferença entre a sua igreja e a nossa igreja”, eu disse por último. “Pessoas que praticam o pecado abertamente vêm a nossa igreja, e ou elas são salvas ou não voltam”.

John MacArthur, em New Demonstration

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[1] N. do T.: Ou seja: “adaptada ao usuário”, “orientada para o consumidor”; estilo Rick Warren, autor do livro “Uma Igreja com propósitos”.

Tradução: Saulo Rodrigo do Amaral

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Estudar teologia não é algo prático?

Outra opinião infundada e irracional é aquela que diz que teologia não é algo prático, e é por isso que devemos relegá-la a um segundo plano. Nada poderia ser mais tolo, e mesmo blasfemo, pois, visto que teologia é o estudo da Palavra de Deus, as pessoas estão dizendo, em última instância, que estudar a Palavra de Deus não é algo prático. Essas pessoas precisam definir o que é algo "prático", e provar que somente as coisas práticas são valiosas. Supondo que por prático eles querem dizer algo que transforma e dá direção à nossa vida, como o estudo da Palavra de Deus pode não ser prático? Ela prescreve o que devemos pensar, agir, orar, adorar, como devemos trabalhar, criar os nossos filhos etc.

Vincent Cheung, em Sobre o Bem e o Mal

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mover de Deus?

A Bíblia nos adverte que nos últimos dias falsos mestres se levantarão e enganarão a muitos. Percebo que há uma necessidade de pregadores realmente regenerados, corajosos o suficiente para se levantar contra as heresias espalhadas pelo mundo por esses "perturbadores das sãs doutrinas do evangelho". David Wilkerson, nesse pequeno vídeo, faz isso com bastante propriedade. Louvado seja Deus pela intrepidez desse homem.

Originalmente no blog VEMVER TV

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Três perguntas e respostas sobre produtividade com Matt Perman

1. Qual o erro mais comum que as pessoas cometem ao tentar desenvolver um sistema de produtividade?

Há vários erros que as pessoas cometem nessa questão, mas penso que o maior deles é que eles simplesmente procuram fazer com que seus sistemas capturem e organizem seus trabalhos atuais. Não deveríamos perguntar “que coisas estão disputando minha atenção e como eu as organizo?”. Antes, deveríamos primeiro perguntar “que coisas são mais importantes para eu fazer e como eu tenho certeza de que consigo dar continuidade a elas?”. A primeira pergunta é reativa; a segunda, proativa.

2. Nos últimos três meses, qual foi o insight mais útil que ajudou você a ser mais produtivo?

O comentário de Peter Drucker de que “executivos eficazes colocam as coisas mais importantes em primeiro lugar e fazem uma coisa de cada vez”. Minha carga de trabalho tem sido maior do que o normal nos últimos meses, e isso faz com que eu fique tentado a me desdobrar e me lançar em frentes demais ao mesmo tempo. Drucker me lembra a evitar essa armadilha. Primeiro, você não tem que fazer tudo. Em vez disso, identifique o que é mais importante e comece por aí. Segundo, ganhe ímpeto fazendo uma coisa de cada vez, concluindo-a e, então, parta para a próxima (a que seja a melhor alternativa). Talvez você pense que isso faz com que seja mais demorado fazer as coisas, mas, na verdade, você ganha tempo. A falta de tempo é exatamente a razão pela qual devemos fazer uma coisa de cada vez.

3. Em poucas palavras, qual o princípio mais importante e fundamental para ser-se produtivo?

Na verdade, eu diria: saiba que você não tem de ser produtivo. Com isso eu quero dizer: sua significância não vem da sua produtividade. Ela vem de Cristo, que obedeceu a Deus perfeitamente em nosso favor, de modo que nossa significância e posição diante de Deus vêm dele, não de algo que fazemos. Então, com base nisso, nós exercemos as boas obras (que é o que a produtividade é) e as fazemos zelosamente, como é dito em Tito 2:14 [“O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.”]

No que diz respeito à aplicação cotidiana, o princípio mais importante é: a chave para a efetividade não é a inteligência ou mesmo o trabalho duro, por mais que sejam coisas importantes. É a disciplina de se colocar as coisas mais importantes em primeiro lugar. Você precisa agir a partir de princípios confiáveis e organizar e executar as prioridades em volta. Isso significa que, em vez de priorizar o seu planejamento, você planeja as suas prioridades.

Tradução: Saulo Rodrigo do Amaral

Ooriginal em inglês disponível em: http://joshetter.posterous.com/three-qandas-on-productivity-with-matt-perman

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro

Porque, falando [os falsos mestres] coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. (2 Pedro 2:18-20)

"Alguns homens, que não são renovados salvificamente no espírito da sua mente, são, por um tempo, poupados das depravações do mundo pelo conhecimento de Cristo. A educação religiosa restringiu muitos dos que a graça de Deus não renovou. Se recebemos a luz da verdade e temos um conhecimento formal de Cristo em nossa cabeça, isso pode ser de algum benefício para nós; mas precisamos receber o amor da verdade e guardar a palavra de Deus no nosso coração, ou então eles não vão nos santificar nem salvar. (...) Aqueles que por um tempo escaparam das depravações desde mundo são os primeiros a ser pegos e presos em armadilhas pelos falsos mestres, que primeiro desconcertam os homens com algumas objeções plausíveis e ilusórias contra as verdades do evangelho. Assim, os mais ignorantes e instáveis são levados a cambalear e a questionar a verdade e as doutrina que receberam, porque não conseguem resolver todas as dificuldades, nem responder a todas as objeções que são levantadas por esses enganadores. (...) Quando os homens estão presos em armadilha, são facilmente vencidos; por isso, os cristãos devem manter-se próximos da palavra de Deus, e vigiar contra os que tentam desconcertá-los e confundi-los, e isso porque, se os homens que uma vez escaparam das armadilhas '... forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro'".

Matthew Henry

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Necessidade da Ação Humana

Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar” (Lucas 5:4)


Aprendemos com esta narrativa sobre a necessidade da ação humana. A pesca dos peixes foi miraculosa; contudo, nem os pescadores, nem seu barco, nem seus equipamentos de pesca foram ignorados; mas tudo foi usado para pegar os peixes. De modo que, para salvar almas, Deus opera através de meios e, ainda que o regime da graça permaneça, Deus se agradará com a loucura da pregação para salvar os que crêem. Quando Deus opera sem instrumentos, sem dúvida, Ele é glorificado; mas Ele mesmo escolheu a instrumentalidade como meio para ser ainda mais engrandecido na terra. Os meios em si mesmos são totalmente inúteis. “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos” (verso 5). Qual foi a razão disto? Eles não eram pescadores exercendo sua vocação? Certamente. Não tinham mãos inexperientes, eles conheciam seu ofício. Foram incapazes de cuidar do assunto? Não. Faltou dedicação? Não, eles labutaram muito. Faltou perseverança? Não, eles labutaram a noite toda. Faltavam peixes no mar? Certamente que não, pois tão logo o Mestre chegou, eles lançaram as redes nos cardumes. Qual é a razão, então? Será porque não existe poder nos meios sem a presença de Jesus? “Sem Ele nada podemos fazer”. Mas, com Cristo, podemos todas as coisas. A presença de Cristo confere êxito. Jesus sentou-Se no barco de Pedro, e Sua vontade, por uma misteriosa influência, atraiu os peixes para a rede. Quando Jesus é exaltado em Sua Igreja, Sua presença é o poder da Igreja - o grito do rei no seu meio. “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”. (João 12:32). Nesta manhã, vamos sair ao trabalho de pescar almas, olhando ao redor, com fé e solene ansiedade. Vamos labutar até que a noite venha e nosso labor não será em vão, pois Aquele que nos diz para lançar a rede, a encherá de peixes.
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C. H. Spurgeon

Fonte: Morning and Evening (Devocional matutino do dia 08 de outubro)

Tradução: Mariza Regina Souza

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