segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Oferta estipulada - Cachê Gospel

Fp2:19-21 "Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação. Porque a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses; pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus..."

O mundo comercial Gospel tem subjugado a vida de muitos ministros e supostamente SERVOS de Deus. As ofertas de amor foram substituídas pela “oferta estipula”, “CACHÊ GOSPEL”, uma vez que as muitas despesas no fim do mês tem colocado em risco a vida de dependência dos nossos ministros de louvor. Uma empresaria me disse que o irmão ministro, não ministravam em igreja local, somente em eventos para a cidade, podia ser que um pastor ficasse chateado por terem ido em uma igreja e não na outra, e um outro “servo do Senhor” foi barrado pela “senhora” fonoaudióloga que havia proibido que o irmão cantasse mais que três vezes na semana afim de poupar a voz. Compreendo cada uma das situações, tenho porem minhas dúvida, se Deus vai aceitar essas explicações “naquele dia”.

É com vergonha e pesar que precisamos reconhecer que há muitos que servem aos seus próprios interesses e não aos de Cristo. Isso sempre foi assim e ainda é um dos mais sérios problemas na igreja em todo o mundo. Dentre todos os lideres que Paulo tinha na igreja, ele tinha apenas um a quem podia confiar as ovelhas. Timóteo – o qual servia as ovelhas e não a si próprio. Os outros serviam somente aos seus próprios interesses, diz ele.

Quantos entre nós estão hoje na igreja para buscar os interesses de Deus e não os seus próprios? Muitos que possuem poderosos ministérios, dado pelo Espírito Santo, infelizmente, ao invés de buscarem a face de Deus com humildade, começam a buscar aquilo que beneficia, ampara, e promove os “seus ministérios”. Muitos nem se quer perceberam que já estão muito “longe” de Deus.

Hoje estamos vivendo a era dos shows gospel, e até ímpios descobriram o “bom negócio”. Empresários incrédulos estão organizando e promovendo shows e festas Gospels para que os irmãos possam se divertir, juntamente com irmãos “laranjas”, recrutados afim de terem acesso às igrejas. Estamos nos vendendo para pessoas sem temor e propósitos de Deus, que apenas querem obter lucros, mas que jamais puderam pensar o quão tremendo seriam grandes noites de louvor e adoração em nossa cidade, promovidas por irmãos com encargos de Deus e pela sua glória, assim como festas promovidas debaixo de oração e propósitos de comunhão, santas ao Senhor, promovendo vínculos e edificação da igreja.

As ofertas agora são “estipuladas”. Não podem correr riscos com o que vão receber, pois precisam garantir o pagamento das contas no fim do mês. Decidiram não mais viver pela fé – afinal, o Deus que “chamou” pode falhar. Esqueceram-se apenas, de que “sem fé é impossível agradar a Deus”, e se não é por fé já não é ministério. Outros se negam a ministrar na igreja, ministram somente em shows, pois não podem causar ciúmes entre os pastores da cidade. Meu Deus, estão temendo ao homem antes de temer a Deus. Como pode alguém se negar a ministrar à aquela pela qual Cristo morreu, a igreja.

E não se engane, não podemos encontrá-la em ajuntamentos gospel sem vínculos. Aos irmãos MINISTROS, digo: “não permitam que suas fonoaudiólogas determinem os dias que devem ministrar a Deus juntamente com sua igreja, deixem isso para CANTORES”. Quanto a nós ministros, ouçamos a voz do Senhor Espírito Santo, e se assim Ele quiser, que nossa voz se arrebente, mas que sua glória venha, afinal o que é perder a voz por aquele que perdeu a vida em nosso favor.

Com amor, me volto para esses irmãos que estão sendo levados por esse caminho de mamom. Saiam dele, não vale apena misturar seu ministério com eventos sem propósitos divinos em troca de um cachê. Jamais aceitaria participar de um “Show Da Pregação” Promovido Pela Prefeitura em troca de um cachê. Eu compreendo a “angustia” de, às vezes, ter que esperar em Deus o dinheiro para pagar as contas do fim do mês que se aproxima, mas também tenho a certeza de que se Deus chamou alguém, Ele é responsável por patrocinar tal chamado, caso contrário, é muito perigoso e arriscado servir a um deus que não seja capaz, de nem se quer, sustentar seus ministros.

Infelizmente, parece que nos sentimos mais confortáveis dependendo dos nossos acordos comerciais do que depender Daquele que nos chamou. Estamos fora dessa “barganha gospel”, não cremos que a igreja possa ser edificada nessas bases empresariais, mas somente em um ambiente de relacionamento e generosidade. Cada ministro deve receber segundo Deus mover no coração do seu povo e segundo a instrução da Palavra.

Os itinerantes vivam das ofertas e os ministros da igreja local recebam segundo a orientação da palavra. Se estão servindo a Deus, nada mais correto que Deus mesmo estabeleça o valor e não nós, assim todos nós podemos servir a Deus no espírito de submissão e dependência, afim de que venha o seu reino.

Fp3:18-20 “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,”

Naor Pedrosa
Fonte: adorar.net
Via: Daniel Souza

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

The God delusion debate - Dawkins vs. Lennox


Para quem ainda não conferiu este debate entre os dois professores de Oxford, Dawkins e Lennox, vale a pena conferir. Como os arquivos de vídeo e legenda não estão mais disponíveis para download, segue o debate completo aqui mesmo.



Deus, Um Delírio: O Debate - Richard Dawkins & John Lennox
https://vimeo.com/9545016

Créditos: Deus em Debate

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Atitude em Relação às Sagradas Escrituras

Outro teste revelador quanto à solidez da experiência religiosa é: Como ela afeta minha atitude em relação às Sagradas Escrituras?

Essa nova experiência, essa visão da verdade, foi gerada pela própria Palavra de Deus ou é resultado de algum estímulo externo, fora da Bíblia? Os cristãos bondosos com freqüência se tornam vítimas de pressões psicológicas fortes aplicadas proposital ou inocentemente por um testemunho pessoal ou por uma história pitoresca contada por um pregador fervoroso que, talvez, pregue com determinação profética, mas que não confrontou sua história com os fatos nem testou a validade de suas conclusões com a Palavra de Deus.

O que quer que tenha origem fora das Escrituras deve ficar sob suspeita até que venha mostrar-se de acordo com elas. Se foi descoberto ser contrário à Palavra da verdade revelada, nenhum cristão sincero irá aceitá-lo como proveniente de Deus. Por mais alto que seja o conteúdo emocional, nenhuma experiência pode ser provada como autêntica a não ser que se encontre autoridade para ela nas escrituras. “À Lei e ao testemunho” (Is 8.20) deve sempre ser a prova final.

Tudo o que seja novo ou singular deve também ser observado como uma dose de precaução até que possa oferecer prova escriturística de sua validade. Neste último meio século, várias noções não-escriturísticas conquistaram aceitação entre os cristãos por alegar acharem-se entre as verdades que deveriam ser reveladas nos últimos dias. É certo, afirmam os defensores desta teoria dos últimos dias, que Agostinho não sabia, nem Lutero, John Knox, Finney e Spurgeon não compreendiam isso; mas uma luz mais forte brilhou sobre o povo de Deus e nós, que vivemos nesses últimos dias, temos a vantagem de uma revelação maior. Não devemos questionar a nova doutrina nem fugir desta experiência mais avançada. O Senhor está preparando Sua noiva para o dia das bodas do Cordeiro. Devemos todos ceder a esse novo movimento do Espírito. É o que nos dizem.

A verdade é que a bíblia não ensina que haverá uma nova luz e experiências espirituais mais avançadas nos últimos dias; ela ensina justamente o oposto. Nada em Daniel ou no Novo Testamento pode ser manipulado a fim de defender a idéia de que nós, que vivemos no final da era cristã, iremos receber luz que não foi conhecida no inicio. Suspeite de todo homem que alegue ser mais sábio do que os apóstolos ou mais santo do que os mártires da igreja primitiva. A melhor maneira de lidar com ele é levantar-se e sair da sua presença. Você não pode ajudá-lo e ele, com certeza, não ajudará você.

Dado, porém, que as Escrituras nem sempre sejam claras e que existem diferenças de interpretação entre homens igualmente sinceros, este teste irá fornecer toda a prova necessária com relação a qualquer assunto de religião, a saber: Como ele afeta meu amor e minha apreciação pelas Escrituras? Embora o verdadeiro poder não esteja na letra do texto, mas no Espírito que o inspirou, jamais devemos subestimar o valor da letra.

(...) Segue-se de fato, então, naturalmente, que aquele que ama de fato a Deus será alguém que ama de fato Sua Palavra. Tudo o que venha a nós por parte do Deus da Palavra irá aprofundar nosso amor pela Palavra de Deus.

A.W. Tozer, Como Provar os Espíritos, pg 23.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará teu coração

Os cristãos que, neste momento, vivem como ateus, e só planejam viver a fé que professam após terem obtido algum desejo carnal, alcançado algum nível de estabilidade mundano, ou quando se aproximarem da morte, estão enganando a si próprios. Tal pensamento pode indicar que a vida divina não está neles; eles nunca foram regenerados. Deus pode lhes conceder conversão genuína em um tempo posterior (2 Timóteo 2.25), porém, enquanto isso, devemos avaliá-los à luz das palavras de Cristo: "Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará teu coração" (Mateus 6.21).

Vincent Cheung, em Piedade com contentamento.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A vontade específica de Deus

Deus de fato tem uma vontade específica (ainda que comumente oculta) para nós... Ele algumas vezes revela sim tal querer em situações especiais... Não podemos saber o que essa vontade específica é. Não precisamos ficar sob pressão para 'descobri-la', temendo que, se a perdermos, de algum modo estaremos fadados a uma vida fora do centro da vontade de Deus ou ao 'segundo melhor'. Somos livres para tomar decisões com aquela luz e sabedoria que possuímos. Entretanto, podemos conhecer que ele tem sim uma vontade perfeita para nós, que o Espírito Santo está orando por nós de acordo com tal querer, e que essa vontade divina para nós será feita - porque Deus a decretou e porque o Espírito Santo está orando por nós nessa área.

James Montgmomery Boice.

Retirado do excelente livro Piedade com contentamento, de Vincent Cheung

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Cristo, o único Mediador entre Deus e os homens

A doutrina que Cristo é o único mediador entre Deus e os homens carrega muitas outras implicações. Por essa razão, isso deve ser constantemente enfatizado, e devemos lutar para corrigir violações inconscientes dela em nossa teologia e prática. Por exemplo, pais que são crentes não deveriam assumir que sua fé tenha qualquer influência direta sobre a salvação dos seus filhos. Cristo é o único mediador. Um marido ou esposa não deveria assumir que ele ou ela é um crente simplesmente porque o cônjuge parece ser um. Tudo isso parece elementar, mas quantas pessoas sentem uma medida de segurança simplesmente porque estão relacionados de alguma forma com crentes devotos? Esse sentimento é uma promessa vazia. O que eu faço? Pela força que Deus me dá, eu me lanço aos pés de Cristo, envolvo meus braços ao redor dele, e recuso soltar. E tenho grande confiança diante de Deus porque tenho grande confiança que Cristo é justificado e aceito diante de Deus.

A tarefa do ministro, e de fato a tarefa de todo crente, é dizer aos pecadores que façam isso – isto é, lançar mão de Cristo, e se apegar a ele como sua própria vida e fôlego, para que possam ser salvos. A maior traição contra a graça divina e nosso santo chamado é reunir discípulos para nós mesmos. É verdade que podemos nos tornar mestres de outros, mas é para ensiná-los a confiar em Cristo, não em nós mesmos. Não podemos salvar as pessoas; não podemos dar-lhes o que precisam. Mas dizemos-lhes: “Vão até Cristo, e encontrarão salvação, poder, renovo e água viva para satisfazer vossa alma. Vão até ele agora com toda a sua mente e palavras. Somente ele pode salvar-vos da condenação, e conceder-lhes confiança diante do Santo Pai”.

Vincent Cheung

Extraído do texto Um Só Mediador

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Caráter e Carisma: vida equilibrada

Deus deseja que sejamos um determinado tipo de gente: gente à semelhança de Seu Filho. Gente aprovada por Ele, de quem Ele se agrada. Jesus, em seu batismo, ouviu a voz do Pai, dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me alegro” (Mateus 3.17).

Anos atrás, perguntávamos: Como devemos ser para agradar ao Pai? A nossa resposta sempre era: como Jesus! E ainda é!

Duas coisas sempre descobrimos em Jesus: um caráter de santidade permanente e um portador de todos os dons (carismas) do Pai e do Espírito Santo. Tais coisas não vinham como secções separadas ou acrescentadas à sua pessoa. Eram parte dele, de sua Pessoa. Pelo poder do Espírito Santo, isso precisa acontecer conosco.

Alguns irmãos só se impressionam com os carismas (dons). Especialmente com os mais visíveis e espetaculares. Não seria errado, se estivessem igualmente impressionados com o fruto do Espírito, o caráter de Jesus.

Outros irmãos se tornam frios às manifestações do Espírito, enfatizando que são secundárias em relação ao caráter moral que se exige de um discípulo. Mas, como? O sobrenatural, o que o Espírito Santo realiza, enche as páginas da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse.

Não temos que enfatizar um aspecto em detrimento do outro. Às vezes encontramos isto entre nós: só doutrina, só palavra, só louvor, só curas, só disciplina e autoridade, etc.

Temos a tendência de polarizar as verdades de Deus, opondo-as: fé sem obediência (como se fosse possível), obediência sem fé, amor sem autoridade, cruz sem a graça, graça sem a cruz.

Carisma sem Caráter? Não! Caráter sem Carisma? Não! Irmãos, fiquemos com tudo que é de Deus. Amém.

Por Moysés Cavalheiro de Moraes

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Verdade


É bom demais para não ser postado aqui. Obrigado aos irmãos do Voltemos ao Evangelho pelo excelente trabalho, para a Glória de Deus.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Arminianada


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Via Frases Protestantes

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Lloyd-Jones sobre o preparo do pregador

Há um tempo atrás, li alguns capítulos do livro Pregação e Pregadores, do Dr. Lloyd-Jones. Em especial, gostei bastante de um capítulo (p. 155 a 171) em que ele fala sobre a preparação do pregador. Achei interessante e resolvi fazer um pequeno resumo, pois creio que essa preparação serve não apenas para o pregador, mas para qualquer crente. Só que coloquei o resumo em forma de entrevista (o que não é nada criativo) por ser mais didático.
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Otdx: Como o pregador se prepara, ou deveria se preparar?

Na verdade, o pregador está sempre se preparando. Para ele não há feriado, pois tudo o que faz, seja em férias ou em seu trabalho normal, é relevante para a obra da pregação. A tarefa mais fundamental é a sua própria preparação, e não o sermão em si.

Otdx: O que ele deve fazer para obter esse bom preparo?

Deve manter uma boa disciplina em sua vida, tomar cuidado com o horário e com as distrações do dia-a-dia. Deve observar os horários em que “funciona” melhor, para obter um bom aproveitamento. Para isso, é necessário que ele faça um planejamento de suas atividades.

Otdx: Onde entra a oração nesse preparo?

A oração é vital! Não devemos orar para satisfazer uma norma. É preciso aprender como iniciar. Por exemplo, começar com a leitura de algo que aqueça o nosso espírito. Temos de aprender a usar o nosso “afogador espiritual”. A oração deve continuar durante todo o dia e pode ser breve. Às vezes, uma simples exclamação é uma verdadeira oração. Sempre devemos reagir favoravelmente a todo impulso para orar. “Deus é quem efetua em nós tanto o querer quanto o realizar” (Fp 2.12-13). A oração nos ajuda a pensar, a ler a palavra, a escrever...

Otdx: Com relação ao estudo da Bíblia, quais os seus conselhos?

O grande perigo é lermos a Bíblia ao acaso, pegando somente as passagens de que gostamos. O certo seria lermos a Bíblia pelo menos uma vez por ano, todos os anos. Feita essa leitura geral todos os dias, podemos estudar um livro específico da Bíblia com a ajuda de comentários. Não se deve ler a Bíblia à procura de textos para sermões, mas sim porque ela é um alimento de Deus para a alma. Assim fazendo, logo descobriremos um texto em particular que nos abala, sugerindo um material para o sermão. Quando estiver lendo a Bíblia e algum versículo se destacou, pare e medite nele. Escute-o, fale com ele, até que surja o “esqueleto” de um sermão. Uma dica é ler a Bíblia sempre com um bloco de anotação do lado.

Otdx: O senhor costuma fazer alguma espécie de devocional?

Sim, sim, costumo fazer meu próprio devocional. Leio obras que me ajudam a compreender a Bíblia e a me deleitar nela. Na minha opinião, essa leitura deve vir após a leitura da Bíblia. Uma dica seria ler as obras dos puritanos, que são excepcionais! Temos que atentar para o nosso espírito a cada dia e descobrir a leitura adequada, o remédio apropriado, para aplicar nas diversas fases da nossa vida espiritual. Devemos escolher o nosso material de leitura com muito critério, por amor a nossa própria alma e para ajudar aos outros.

Otdx: Com respeito ao estudo da teologia em si, o que o senhor pode dizer?

Ah, leia teologia sempre! Quanto mais, melhor! Especialmente os clássicos, as grandes obras.

Otdx: O senhor, em algumas ocasiões, falou sobre a importância do estudo da história da igreja. Ela é realmente importante?

O meu ponto de vista é que o cristão deve aprender da história da igreja e deve animar-se a fazê-lo. Para nós, é sempre essencial suplementar a nossa leitura teológica com a leitura da história da Igreja. Se não fizermos isso, podemos cair no erro de sermos meramente abstratos e acadêmicos em nossa visão da verdade, deixando de relacioná-la com os aspectos práticos da vida diária. Gosto bastante de ler biografias e crônicas de homens de Deus, tais como Spurgeon, Whitefield...

Otdx: E sobre apologética?

Leitura apologética é muito importante para nos familiarizarmos com as tendências do pensamento, seja teológico ou filosófico. É importante saber algo sobre o contexto e sobre os pensamentos que influenciam as pessoas, pois a tarefa do pregador consiste em ajudar e proteger as pessoas dos “ventos de doutrina”.

Otdx: O senhor costuma ler algo que não seja especificamente teológico, ou que não se encaixe na chamada “literatura cristã”?

Bom, leituras gerais também são importantes. Se não houver outra razão, que seja pelo descanso mental. Por exemplo, ler boas revistas, história das guerras, ou outro assunto de que você goste. No entanto, não perca muito tempo com isso!

Otdx: Bom, Dr. Lloyd-Jones, muito obrigado pelas suas dicas. Tenho certeza de que elas ajudarão bastantes os pregadores e cristãos em geral. O senhor gostaria de dar um último conselho?

Bom, na verdade, gostaria de deixar dois conselhos. O primeiro deles é: equilibre a sua leitura. Faça um programa para dosar os tipos de leitura: teologia, história da igreja, biografias... Isso é muito proveitoso. Segundo: a finalidade de toda essa leitura não é achar material para o sermão. Não devemos lê-lo, e nem a Bíblia, para arranjar idéias ou arranjar textos. Se fizermos isso, perdemos o alimento espiritual e nos tornamos profissionais. O objetivo de nossas leituras é o alimento e o estímulo geral, para que pensemos com originalidade. Devemos fazer nossas próprias meditações, e não apenas transmitir idéias. O pregador não deve ser um mero canal pelo qual a água flui. Devemos ler e mastigar o que lemos, mas não devemos repetir tudo da maneira como a recebemos, mas comunicar à nossa própria maneira, refletindo, atentando para a necessidade da nossa alma e da igreja.

Por: Saulo R. do Amaral

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Combatendo o bom combate

Há dois aspectos em nosso combate. Há o combate para manter e promover uma forma pura e plena de Cristianismo no sentido objetivo e público. É um combate “pela fé” – isto é, a fé ou religião cristã. A ênfase cai sobre as doutrinas que definem nosso sistema de crença. Se você perde a doutrina, você perde a verdade, e perde seu contato com Deus e com Cristo. Dessa forma, se você perde a doutrina, perde tudo. Então, há o combate para persistir e crescer em nosso comprometimento à fé cristã no sentido pessoal e individual. Todo indivíduo deve entender a verdade objetiva das doutrinas cristãs, e então crer e seguir essas doutrinas. Alguns têm reprimido a voz da consciência para renunciar aquilo que reconhecem ser verdade, e dessa forma naufragam na fé que professam.

Esses dois aspectos do combate estão relacionados. Doutrinas objetivas podem afetar os desejos subjetivos de um indivíduo, e os desejos de um indivíduo podem determinar se ele deseja crer nas doutrinas corretas ou não. As doutrinas sadias honram a sabedoria, bondade e majestade de Deus. Elas tendem a ser simples e diretas, e instruem os homens na verdade e santidade. As falsas doutrinas, por outro lado, exaltam o homem – elas agradam seu orgulho e aprovam sua autonomia. Elas estimulam o pecado e a especulação, e tendem a tornar a religião em satisfação sem propiciação, e o entretenimento do eu em vez da adoração a Deus. Esse é o porquê Jesus disse que se alguém escolhe cumprir a vontade de Deus, ele perceberá se as doutrinas cristãs procedem de Deus ou não. Visto que um afeta o outro, qual vem primeiro – o conhecimento da verdade, ou o comprometimento à verdade? É a ação de Deus sobre a alma que vem primeiro, e então os dois fatores fortalecem um ao outro. Que Deus trabalhe em nossos corações por sua Palavra e Espírito, para que possamos desejar cumprir a verdade, e conhecer a verdade!

Quase toda doutrina e prática bíblica está sob ataque hoje, e os inimigos são frequentemente capazes de ganhar uma posição mesmo em nossas igrejas, pois os ministros e membros se comprometem com o mundo, e eles algumas vezes até mesmo introduzem ativamente erros nas congregações. Esse não é um tempo de evitar o conflito ou afastar-se da inconveniência do envolvimento pessoal. Cristo nos chama ao combate! Se você tem algum senso de lealdade ao Senhor, então você combaterá, e vencerá, caso se apegue firmemente à sã doutrina e uma consciência limpa.

Vincent Cheung

Extraído do texto O Bom combate, disponível no site Monergismo

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