segunda-feira, 27 de abril de 2009
Deus opera em nós tanto o querer como o efetuar
"A primeira parte de uma boa obra é a vontade; a segunda, o firme empenho em executá-la: Deus é o autor de ambos. Portanto, furtamos ao Senhor, se algo arrogamos para nós, seja na vontade, seja na execução. Se fosse dito que Deus empresta ajuda à vontade fraca, algo nos seria deixado; quando, porém, se diz que ele produz a vontade, então se localiza fora de nós tudo quanto nela há de bom. Ademais, uma vez que até mesmo uma boa vontade é esmagada pelo peso de nossa carne, tanto que não possa soerguer-se, acrescentou que, para superar as dificuldades dessa luta, nos é administrada a constância de empenho para que nos assista até mesmo a execução."
João Calvino
Postado por Saulo R. do Amaral às 5:39 PM 0 comentários
Artigos Sugeridosquinta-feira, 23 de abril de 2009
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram...
Nós sabemos o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Nenhum olho tinha visto, mas Deus o revelou. Nenhum ouvido tinha ouvido, mas Deus o fez conhecido. Nenhuma mente o concebeu, mas Deus nos ensinou. Como? Por seu Espírito. Esse é o ponto, de forma que se não formos citar o versículo 10, então não devemos citar o versículo 9 também. A passagem não afirma mistério, mas conhecimento; não afirma algo oculto, mas a revelação.
Vincent Cheung, em O Ministério da Palavra
Postado por Saulo R. do Amaral às 6:33 PM 6 comentários
Marcadores: teologia, Vincent Cheung
Artigos Sugeridosquarta-feira, 22 de abril de 2009
O que significa ter um relacionamento com Deus?
O que um relacionamento com Deus significa é que nós recebemos comunicações de Deus sobre Ele tanto através da Sua Palavra como através da história. Ele vem até nós em Jesus Cristo, no Seu ensino, na Sua cruz, nos Seus apóstolos, através da Sua Palavra, e Ele está falando conosco. E o Seu falar é tornado vital para nós pela presente presença do Espírito Santo que habita dentro de nós. Isso é a metade do relacionamento. Ele toma a iniciativa.
Nós recebemos as comunicações dEle e, pelo Espírito, somos tornados vivos para elas. Nós as vemos chegando - suas comunicações de Si mesmo, Seu caráter e a Sua obra em nosso favor – e então somos despertados para elas. Nós passamos a admirá-las, a deleitarmo-nos com elas, e ficamos contentes, esperançosos e encorajados. Então nós devolvemos a Ele - também por meio da Palavra, pelo Espírito, e pelo nome de Jesus Cristo - orações, ações de graças, resoluções de lutar a batalha da fé e atos de obediência. O resultado é que nossas vidas caminham em direção a Deus enquanto a Sua vida para nós caminha em direção ao homem. Esse é o relacionamento.
Um relacionamento com Deus fundamentalmente acontece pelo Espírito, através da Palavra. Não tente correr para longe da Bíblia tentando achar uma relação com Deus nos bosques ou em algum tipo de encontro estético com a natureza ou em alguma grande obra de arte. Tudo isso é suplementar. Sim, os céus manifestam a glória de Deus (Salmo 19:1). De fato, Deus usa arte e poesia de qualidade para nos despertar. Mas se nós não centrarmos na Bíblia, onde ele fala autoritativa e infalivelmente, então nosso relacionamento tornar-se-á distorcido pelo erro e pelo pecado.
Portanto, deixe a Bíblia ser o lugar onde Deus encontra e fala com você e deixe a Bíblia ser o lugar onde você fala de volta para Ele. O relacionamento reside nesta comunhão: Ele para nós e nós para Ele.
E isso ocorre o tempo todo ao longo do dia. Nós nos lembramos quando estamos desencorajados: "não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Isaías 41:10). Você se lembra dessas palavras e as traz à memória, porque elas vêm de uma promessa na Bíblia. Então você diz: "Obrigado Senhor. Eu darei este passo de obediência." E naquele momento desfrutou-se de um relacionamento e uma comunhão foi experimentada. E é assim que você caminha dia após dia com Deus por esta vida.
John Piper
Tradução: Juliano Heyse
Extraído do excelente site Bom Caminho
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O plano de Deus incluía o pecado desde o início?
Postado por Saulo R. do Amaral às 10:04 AM 0 comentários
Marcadores: John Piper, Vídeos
Artigos Sugeridossexta-feira, 17 de abril de 2009
Uma palavrinha sobre evangelismo e ensino
Martyn Lloyd-Jones
(Romanos, Capítulo 1: O Evangelho de Deus; Publicações Evangélicas Selecionadas, 1985; 273-274.)
Postado por Saulo R. do Amaral às 6:34 PM 1 comentário
Marcadores: Martin Lloyd-Jones, teologia
Artigos Sugeridosquarta-feira, 15 de abril de 2009
Por que é importante saber que Deus nos escolheu primeiro?
Porque Deus pretende ter toda a glória pela nossa salvação; porque precisamos conhecer Aquele em quem temos confiado e o motivo de confiarmos Nele. Deixe-me dizer algo a respeito dessas duas coisas.
A respeito da segunda: precisamos saber como fomos salvos. Nós nascemos não de sangue, nem do homem, nem da vontade humana – nascemos de Deus. Isto é, viemos a ser pessoas espiritualmente vivas por causa Deus. Estávamos mortos, de acordo Efésios 2, e agora estamos vivos juntos com Deus – pela graça fomos salvos.
Graça é o trabalho soberano pelo qual Deus fala ao cadáver da nossa própria vida espiritual e diz: “Lázaro, vem para fora”, e nós levantamos da morte; ou “John Piper, vem para fora!”, e somos trazidos à existência. Precisamos saber disso para que possamos descansar na soberania de Deus na nossa salvação. É assim que somos salvos! Nós não despertamos da morte por nós mesmos, de alguma forma. Nós não criamos, de alguma forma, do nada, afeições espirituais. Deus fez isso por nós, o que nós leva à primeira observação: Ele pretende ser glorificado por tudo isso.
Deus quer ser conhecido por tudo o que Ele tem feito e por tudo o que Ele é. Não daremos a Ele todo o louvor e glória que Ele deveria receber se não reconhecermos o que Ele tem feito por nós. Por isso, creio que é realmente importante que ensinemos às pessoas como elas realmente foram salvas, mesmo que elas não entendam completamente como foram salvas, pois queremos que elas comecem – agora melhor do que nunca – a louvar, honrar e confiar em Deus por tudo o que Ele fez, e não apenas por parte disso.
John Piper
Tradução: Saulo Rodrigo do Amaral
Postado por Saulo R. do Amaral às 9:56 AM 4 comentários
Marcadores: John Piper, teologia
Artigos Sugeridosquarta-feira, 8 de abril de 2009
Choro Constante
“E, caindo em si, desatou a chorar” (Marcos 14:72).
Alguns pensam que, ao longo de sua vida, as lágrimas de Pedro começavam a brotar da fonte todas as vezes em que ele se recordava de ter negado o Senhor. Não é improvável que assim fosse (pois seu pecado foi muito grande e, posteriormente, a graça teve nele um efeito completo). Esta mesma experiência é comum a toda família redimida, de acordo com a intensidade com que o Espírito Santo remove o coração de pedra não regenerado. Nós, como Pedro, nos lembramos de nossa promessa presunçosa: "Ainda que todos te abandonem, jamais o farei." Nós comemos nossas palavras com as ervas amargas do arrependimento.
Tradução: Mariza Regina Souza
Postado por Jair Kunzler às 10:05 AM 0 comentários
Marcadores: Arrependimento, C.H. Spurgeon, Choro
Artigos SugeridosPequeno conselho do Príncipe dos Pregadores
Charles H. Spurgeon
Postado por Saulo R. do Amaral às 9:21 AM 1 comentário
Marcadores: C.H. Spurgeon, Vida Cristã
Artigos Sugeridossexta-feira, 3 de abril de 2009
Conhecimento e fé salvífica
Mas o que é Fé? Para muitos evangélicos, Fé é somente uma aceitação mental de certas doutrinas. É algo que exercitamos uma vez no início de nossa vida cristã, depois do que podemos viver mais ou menos da maneira que nos agrada. Não importa em termos de nossa salvação se esta "fé" faz ou não diferença. Alguns evangélicos até ensinam que uma pessoa pode ser salva e segura tendo uma fé morta ou decadente ou, por incrível que pareça, se ele ou ela apostatar, negando a Jesus.
Em contraste com tal estripada fé, em toda a história da igreja a maioria dos professores da Bíblia insistiram em que a fé salvadora, bíblica, tem três elementos: "conhecimento, convicção e confiança", como Spurgeon coloca; "consciência, aceitação, e compromisso", como D. Martyn Lloyd-Jones disse; ou NOTITIA, ASSENCUS e FIDUCIA, para usar a terminologia latina.
1- O PRIMEIRO ELEMENTO É NOTITIA, OU CONHECIMENTO. Começamos com "conhecimento da Verdade" (ou "conteúdo"), porque fé começa aqui. Fé sem conteúdo não é verdadeira fé. R. C. Sproul diz acertadamente: "Não posso ter Deus em meu coração se não o tenho em minha cabeça. Antes de acreditar EM, deve acreditar QUE." Ou como John Gerstner, um dos professores de Sproul, frequentemente dizia, "Nada pode entrar no santuário do coração a menos que primeiro passe pelo vestíbulo da mente".
Dos escritores sobre fé, Calvino talvez seja mais forte neste ponto, porque ele achou que isto era necessário para opor a sérios erros acerca da fé, que haviam se desenvolvido no ensino da igreja medieval. Nos anos antes da Reforma, a igreja negligenciava o ensino das Escrituras ao povo. Assim a maioria das pessoas, até mesmo o clero, era ignorante a respeito do evangelho. Como pessoas tão ignorantes seriam salvas? A igreja respondeu que era por uma fé "implícita". Isto é, na verdade, não era necessário ao comungante saber qualquer coisa. Tudo que ele ou ela tinha a fazer era confiar na igreja implicitamente. A igreja e seus ensinamentos eram corretos, mesmo que as pessoas não soubessem o que aqueles ensinamentos corretos eram; aquelas pessoas estariam bem também, se elas apenas confiassem ou acreditassem na igreja.
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Calvino argumentou que "o objeto da fé é Cristo" e que "fé apoia-se no conhecimento, não em ignorância pia". Ele escreveu:
"Não obtemos salvação por estarmos preparados para abraçar como verdade o que for que a igreja tenha prescrito, ou porque deixamos a ela a tarefa de inquirir e conhecer. Mas o fazemos quando sabemos que Deus é nosso Pai misericordioso, por causa da reconciliação efetuada por meio de Cristo (2 Co 5.18,19) e que Cristo foi dado a nós como justiça, santificação e vida. Por este conhecimento, digo, não por submissão de nosso sentimento, obtemos entrada no Reino do Céu."
2-O SEGUNDO ELEMENTO É ASSENSUS, OU ACEITAÇÃO. É o que Spurgeon chamou de "convicção". A idéia aqui é que, importante como o conteúdo bíblico de fé é -o ponto que Calvino enfatizou tão fortemente-todavia é possível conhecer este conteúdo bem e ainda estar perdido- se o ensino não tocou o indivíduo ao ponto dele ou dela concordarem com o mesmo. Quando eu estava estudando literatura inglesa na faculdade, tive muitos professores que entendiam e eram completamente capazes de explicar a doutrina critã, por serem tão fortes na literatura. Mas eles não criam nela. Eles não tinham fé neste segundo sentido.
Uma ilustração do que este segundo elemento possa significar é a conversão de John Wesley em 1738. O grande evangelista metodista era um pregador ativo antes de sua conversão. Ele conhecia a doutrina cristã, mas ela não havia afetado-o a um nível pessoal. Ele havia crido, num sentido. Mas ele não amava realmente a cristo ou confiava nele pessoalmente. Contudo, uma noite ele foi a uma reunião em Aldersgate Street em londres, onde alguém estava lendo o "Prefácio" à Epístola aos Romanos, de Lutero, e Wesley foi convertido. Ele escreveu: "Cerca de quinze para as nove, enquanto ele descrevia a mudança que Deus efetuou no coração por meio da fé em Cristo, senti meu coração estranhamente aquecido. Senti que confiava em Cristo, somente Cristo, para minha salvação. E uma segurança foi dada a mim de que ele havia retirado MEUS pecados, até os MEUS, e salvado-ME da lei do pecado e da morte."
...
Aqui está como Calvino coloca isto, seguindo uma longa sessão que trata o problema do conteúdo da fé: "Agora é preciso derramar no coração o que a mente absorveu. Pois a Palavra de Deus não é recebida pela fé, se esvoaça para lá e para cá no topo do cérebro, mas quando enraiza no profundo do coração para que seja uma defesa invencível ao resistir e repelir todos os estratagemas de tentação."
3-O TERCEIRO ELEMENTO É FIDUCIA, OU CONFIANÇA E COMPROMISSO. O terceiro elemento de fé, o qual Spurgeon chama de "confiança" e Lloyd-Jones chama "compromisso", é uma verdadeira auto-entrega a Cristo que vai além do conhecimento, ainda que este seja completo e correto, e até mesmo além da concordância com o evangelho ou sendo pessoalmente tocado por ele. Este deve ser o caso, porque até mesmo os demônios crêem nos dois limitados sentidos anteriores. Eles sabem o que a Bíblia ensina; eles sabem que é verdade. Mas eles não estão salvos. Tiago estava reconhecendo isto quando descreveu a fé inaquequada de algumas pessoas escrevendo: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem" (Tg 2.19). Em outras palavras, acreditar nas verdades do Cristianismo em si, se não prosseguirmos para este terceiro necessário elemento, somente qualifica alguém a ser um demônio!
Compromisso é o ponto no qual passamos a linha delimitadora de pertencermos (como pensamos) a nós mesmos e nos tornarmos verdadeiros discípulos do Senhor. Isto é o que foi visto em Tomé quando ele caiu aos pés de Jesus em adoração, exclamando: "Senhor meu e Deus meu!" (Jo 20.28).
Podemos também dizer isto ao destacar que FIDUCIA, o terceiro elemento de fé, envolve uma mudança radical de valores. Tomemos o caso do demônio chefe, Satanás. Satanás tem a NOTITIA, ele conhece o evangelho. Ele também acredita no evangelho no sentido de qe ele sabe que é verdade; neste sentido ele tem o ASSENSUS. Mas Satanás resiste a Cristo. Ele é oposto a tudo que Cristo representa. Ele despreza Cristo. Portanto, Satanás não tem fé em Jesus no sentido salvador. Para Satanás ser salvo ele teria que ter uma mudança nos valores para uma busca apaixonada da salvação. O terceiro elemento de fé produz tal mudança que é porque a pessoa nascida de novo agora busca intensamente o que ele ou ela desprezava anteriormente. Antes, a pessoa nada via que fosse desejável a respeito de Jesus. Agora, a pessoa não pode imaginar a vida sem ele.
...
A NOVA FORMA DE UM VELHO ERRO.
Infelizmente, há um considerável segmento da igreja evangélica que discorda da necessidade destes três elementos. Restringe a confissão "Jesus é Senhor" à crença de que Jesus é um Salvador divino e explicitamente elimina qualquer idéia de que Jesus deve ser Senhor de nossa vida para sermos cristãos. Ensina que uma pessoa pode ser um cristão sem ser um seguidor de Jesus Cristo. Reduz o evangelho ao mero fato de Cristo ter morrido por pecadores; requer dos pecadores somente que eles reconheçam isto pelo tipo mais de aceitação intelectual, bem à parte de qualquer arrependimento ou abandono de pecado; e então os assegura de sua segurança eterna quando eles podem muito bem nem serem nascidos de novo ainda. Este ponto de vista torce a verdadeira fé bíblica a níveis irreconhecíveis e oferece uma falsa segurança às pessoas que podem ter dado confirmação verbal a este tipo reducionista de Cristianismo mas que não estão na família de Deus.
James Montgomery Boice em O Evangelho da Graça - Editora Cultura Cristã
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Paulo, a Lei e o legalismo
Postado por otdx às 9:25 PM 5 comentários
Marcadores: David Stern, Judaísmo, Torah
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