quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Infinito, Eterno e Imutável em Sua Justiça

Que Deus é justo é uma verdade derivada analiticamente da definição de sua santidade. A palavra hebraica tsadic significa 'reto / justo', e a palavra grega dikaios significa 'direito'. Ambas palavras expressam a justiça de um Deus santo. Justiça é a expressão da santidade de Deus com referência as criaturas morais (ou imorais). Se a criatura estivesse perfeitamente em harmonia com a santidade de Deus, se seguiria da justiça de Deus que a criatura estaria em perfeita comunhão; mas se a criatura é (como sabemos que o é) terrivelmente corrompida, se entende que Deus tem que ser hostil a sua corrupção. Tendo em vista que a criatura é injusta e perversa, se entende que Deus em sua justiça tem que vindicar seu caráter santo e manter sua criação como uma expressão desse caráter santo. Um Deus santo, se mantém uma criação, tem que mantê-la santa e tem que mostrar-se hostil a cada coisa nela que esteja em violação de sua própria santidade. Se há uma diferença entre o reto e o mau, Deus em sua justiça tem que ser hostil ao mau. Esta é analiticamente a verdade. Assim é evidente que a lei - "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23) - é logicamente necessária em consequência da santidade de Deus.

J. Oliver Buswell Jr - A Systematic Theology of the Christian Religion. Traduzido livremente da versão em espanhol (Teología Sistemática, Tomo I, Dios y Su Revelación).

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