quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Meteorito

Entre colinas, um meteorito,
Com musgo a cobri-lo, imenso se guarda,
Os ventos e as chuvas com toques benditos
Da rocha os contornos, abrandam com calma

Assim pode a Terra tão fácil sorver
As cinzas das chamas do véu sideral,
E pode a visita lunar envolver,
Como ao nativo de um feudo real.

Nem é de estranhar que tais caminhantes,
No seio da Terra encontrem seu lar,
Pois cada partícula nela constante,
Primeiro surgiu do espaço estelar.

Tudo o que é Terra já foi céu um dia;
Do sol do passado a Terra surgiu,
Ou de alguma estrela talvez erradia,
Que, perto demais do Sol, explodiu.

Se gotas tardias então inda caem,
Do espaço celeste neste chão criador
É que ainda opera com força do além,
A alegre torrente de chuva e esplendor

C.S. Lewis

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